Os Sonhos Que São Revelados
Parabéns ao jornal Metrópole pela escolha do tema sobre sonhos. Todos nós temos em algum momento de nossas vidas um sonho para desvendar: Alice acordou aos gritos chamando pela mãe e repetia o nome do tio com as mãos na cabeça. Gritava porque tinha um sonho aflitivo para contar ou estava tão assustada que tudo parecia real. Havia um buraco na sua cabeça e estava cheio de formigas. A menina dormia no chão, pois com tantos irmãos não havia cama para todos. “Mãe, o meu tio ia me matar com uma espingarda, então corri muito no sonho, mas ele me alcançou e o tiro foi na cabeça”. Disse a garota pra mãe.
A escritora queria homenagear uma grande amiga que lhe confiara, ainda em vida, a sua história real. Ocorre que no desenrolar do enredo optou por um título que achava relevante para tanto sofrimento. Todavia, durante o processo de sofrimento da protagonista a autora teve um sonho: surgiu diante dos seus olhos um escrito numa folha enorme e branca, um novo título para a obra com letras pretas. Não mais a mencionar tristezas, mas somente alegrias. Foi tão marcante para a autora que logo no dia seguinte comunicou aos familiares que a personagem havia decidido o título da sua própria saga durante o seu sonho.
O sonho coincidiu com a realidade e mudou o modo de pensar da personagem Mariana na sua vida real: Convivia com a sua sogra durante longos anos. Ela tinha problemas de saúde e constantemente sofria com as internações. Nesta rotina de vai e vem todos acostumaram. Era como um passeio. Mas certa semana, no segundo dia de internação, a sua nora a viu no sonho. Diante de sua cama, encostada na porta contemplava-a sorrindo para depois sumir. Mariana teve a certeza da sua morte e comentou para o seu filho “A sua avó vai morrer esta semana!”. Era quinta-feira, e no sábado ocorreu o óbito.
Os números surgiram em uma enorme placa no meio de uma estrada desértica. Dona Elvira não teve dúvidas ao sentar-se na cama com aqueles números na mente. Fez uma anotação e quando o dia levantou foi à Casa Lotérica e fez um único cartão. Ao conferir o resultado acertara o terno da loto. Mas, refletiu sobre o que desejava da vida e nunca mais tornou a jogar. Não desejava ficar rica.
O caminhoneiro dormiu ao volante na estrada de Minas Gerais e sonhou que caíra no precipício. Acordou no momento em que o seu carro ia bater em duas pedras enormes dentro de um pasto. Saíra da estrada.
Ela estava perfeita. A filha sentira a presença da mãe que já havia partido. De joelhos ela orava sem parar com o seu estimado rosário de ossos na cor cinza, sobre a perna esquerda descansava a sua bengala; pois a perna direita sofria uma deformação por queda. O sonho era quase uma realidade. Meses depois visitou sua irmã que lhe entregou a herança deixada pela mãe. O rosário de ossos na cor cinza. Chorou muito ao lembrar do sonho.
Com tudo isso, histórias reais que o povo conta, devemos levar bem a sério “Os sonhos do nosso sono”.
Assim nascia a capa do livro A Cozinheira Nômade de Gelza Reis Cristo
Lançamento do livro A Cozinheira Nômade na cidade de Adustina Bahia
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