Por Gelza Reis Cristo
Há bem pouco tempo, eu diria durante estas férias de verão resolvi reciclar o meu material de faculdade. Por quê? Imaginei que depois de 07 anos muita coisa iria para o reciclável uma vez que tenho plena consciência de que, alguns desses textos posso facilmente achá-los na internet. E cada vez que encontrava um texto sobre a análise do discurso eu o jogava fora visto que essa matéria foi uma das vilãs na minha faculdade. Digo com sinceridade que a mestre explicava tanto que quanto mais ela falava mais o aluno se confundia. Passamos na raça fazendo trabalhos em grupos. Entretanto, já que a mesma surgiu novamente na minha vida quero ter mais tempo para compreendê-la de fato e de direito. Quando abri a matéria LPoo4 tema 1 tópico 1 fiz o gesto do garoto pondo a mão na cabeça e pensando: “tá difícil?”, mas não vou desistir.
Para compreender o tema um do “Ponto de partida” fiz uma pesquisa na internet e encontrei um trabalho interessante de Valdir Flores:
“Dialogismo e enunciação: Elementos para uma epistemologia da lingüística”. Com esse texto de TCC e mais o material do REDEFOR desejo ganhar e compreender a Disciplina: Autoria, Efeito-Leitor e Gêneros do discurso.
Segundo Valdir Flores, quando cita o trabalho de (Ferdinand Saussure, 1975, p. 271), “a lingüística tem por único e verdadeiro objeto a língua considerada em si mesma e por si mesma”. Logo, o seu trabalho é sobre o sujeito ser-de-linguagem e com isso ele quer mostrar a presença do “outro” no discurso.
Vamos ao “Ponto de partida” para ver se conseguimos um bom início nesta disciplina LP004 sobre” O texto e suas condições de produção”. Vimos que a sociedade contemporânea usa em larga escala os textos de configuração dinâmica e multímoda. Tudo isso devido aos avanços tecnológicos recentes (televisão à internet). Portanto, esta Disciplina: “Autoria, Efeito-Leitor e Gêneros do discurso”, no seu estudo discursivo texto/discurso, leva em consideração as práticas históricas de produção e circulação de textos. Neste início do Módulo II recordamos que tudo é um texto, até mesmo uma palavra isolada, um signo, um gesto etc. No primeiro exemplo observamos uma placa, uma pichação e um aviso e o mediador pediu que comparássemos ao tempo da ditadura pensando no termo condições de produção. Para tentar entender esta matéria vou responder (não sei se terei alguma assertiva) as perguntas abaixo analisando o texto da propaganda do O.B. nas Olimpíadas do México (1968).
a) A quem está sendo dirigida o texto?
R: as mulheres.
b) Em relação a quê?
R: ao absorvente O.B.
c) Por quem?
R: Pelo comercial de José Zaragoza cujo Slogan: “O.B. A grande vedete das últimas Olimpíadas”.
d) Em que situação?
No comercial cuja ginasta é a imagem da liberdade.
d) Que relação estabelece com outros textos?
A imagem fala por si só.
e) Que discursos possibilitam os sentidos nele produzidos.
Com o uso do O.B. a mulher tem liberdade de movimento em qualquer situação.
f) Que sentidos aparecem nele negados ou simplesmente silenciados?
“Como o sentido é sempre produzido de um lugar, a partir de uma posição do sujeito – ao dizer, ele estará, necessariamente, não dizendo “outros” sentidos. Isto produz um recorte necessário no sentido. Dizer e silenciar andam juntos”.
ORLANDI, E. F.. A forma do silêncio recorta o dizer. Esta é sua dimensão política.