quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Morte em Veneza

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MORTE EM VENEZA - E A ÉTICA NO TEXTO

31/07/2009 - RESUMO:

No início do século XX Thomas Mann apresenta ao seu público leitor um romance que se tornaria de imediato num grande sucesso e logo iria constar depois nas telas do cinema. O personagem principal, Gustave Aschenbach, um escritor e acadêmico alemão que vive um momento de crise existencial e resolve passar férias na cidade de Veneza. Ao entrar em contato com a sociedade de fino trato, e que também gozava de férias naquele hotel, depara com a bela imagem do jovem Tadzio. Diante dele estava a perfeição de uma estátua grega. Apaixona-se pelo rapaz que representava naquele momento tudo o que ele buscara nas artes. A paixão cresceu e com ela uma série de sofrimentos, pois pegou uma doença incurável que o consumia lentamente. A sua paixão pelo mar amenizava a sua dor.

O autor levanta nesse romance algumas questões trabalhadas por artistas da época como a do personagem Aschenbach que luta contra a decadência do seu corpo por causa da doença; o conflito entre o artista e as belezas naturais e em meio a tudo o mundo estava vivendo uma epidemia onde o autor retrata a doença como uma metáfora simplificada do mundo em agonia.



A ÉTICA NO TEXTO:



A discussão ética que hora apresentamos, e que está contida no texto acima citado, assemelha-se ao nosso mundo real.



ÉTICA-MORAL: durante a narrativa do autor, podemos perceber a conduta humana do personagem Aschenbach quando em diversos momentos ele entra em crise por não aceitar que sendo um homem maduro não poderia amar um jovem de apenas 14 anos. Porém, a sua paixão era pela imagem perfeita comparada a uma escultura grega; e ele passou a proteger o objeto amado em todas as situações.



ÉTICA-SOCIAL: a comparação do romance MORTE EM VENEZA com o nosso mundo social real basea-se no comportamento das autoridades de Veneza naquela época quando escondiam da sociedade um surto de cólera hindu, originário dos pantanos quentes do delta Ganger. Embriões coléricos foram encontrados em Veneza no mês de maio. Quando Aschenbach percebe que a cidade está anormal, a conversa gira em torno de um siroco que explicavam-no como sendo um ar abafado. Percebendo que as respostas eram insatisfatórias ele indagou: “Devem ocultar isto” ou “Há ocorrencias camufladas pelas autoridades nas sujas ruelas de Veneza”.

Aquela atitude anti-ética das autoridades causou em Aschenbach uma apreensão. Cismado, procurou a família de poloneses, pois estava preocupado com o Tadzio; e ao vê-los não teve coragem de revelar as suas suspeitas para não perder o seu amado de vista e preferiu guardar dois segredos que passaram a atormentá-lo...

Hoje, a perspectiva da ética do texto com relação ao nosso mundo real é uma verdade do mundo em que vivemos; pois as autoridades não conseguem eliminar as várias epidemias de doenças que nos rodeiam. Elas se destacam nos noticiários e a população vive na insegurança.

Estudo feito pela pesquisadora Gelza Reis Cristo



A ESTÉTICA NA LINGUAGEM: ao autor cabe a visão das coisas que ainda não foram vistas; autenticidade a luz da ideologia que o norteia. E é na primeira parte do romance, diríamos até a página 123 quando o narrador revela porque ama intensamente o mar, o mesmo é necessário ao aconchego do criador.

A ESTÉTICA DE VON ASCHENBACH- vestia-se com excelentes tecidos, sempre bem penteado, retórica perfeita, sendo exemplo para os jovens da época. Dados baseados no trecho: “seu estilo transformou-se em perfeito positivo, lapidado, tradicional, formal e cerimonioso. “O homem envelhecido baniu o vulgar e se orgulhava de desfilar até a praia com o seu terno de seda. E foi no barbeiro do hotel que fez uma completa transformação com o desejo de rejuvenecer aos olhos do amado.

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