sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Estrabismo - tudo sobre o desvio ocular


Depois de visitar o Nordeste brasileiro e constatar que lá havia crianças estrábicas sem nenhum tipo de tratamento (nas classes menos favorecida), a escritora Gelza tira fotos de vítimas da doença e faz a sua pesquisa virtual.


O estrabismo corresponde à perda do paralelismo entre os olhos. Pessoas com estrabisEstrabismo é um defeito visual no qual os olhos estão mal alinhados e apontam em diferentes direções.O não alinhamento pode ser notado sempre , ou pode ser notado esporadicamente. Um olho pode estar direcionado reto , para frente, enquanto o outro pode virar para dentro, para fora, para cima ou para baixo.
O olhovirado pode endireitar ás vezes e o olho reto pode desviar

mo são chamadas popularmente de "vesgas". Existem três formas de estrabismo, o mais comum é o convergente (desvio de um dos olhos para dentro), mas podem ser também divergentes (desvio para fora) ou verticais (um olho fica mais alto ou mais baixo do que o outro).
Estrabismo e tudo sobre o desvio ocular
Estrabismo é um defeito visual no qual os olhos estão mal alinhados e apontam em diferentes direções.O não alinhamento pode ser notado sempre , ou pode ser notado esporadicamente. Um olho pode estar direcionado reto , para frente, enquanto o outro pode virar para dentro, para fora, para cima ou para baixo.
O olhovirado pode endireitar ás vezes e o olho reto pode desviar
O que é?
É quando há perda do paralelismo entre os olhos. Popularmente as pessoas com estrabismo são chamadas de "vesgas".
Embora a forma mais comum seja o desvio convergente (desvio de um dos olhos para dentro), podem ser divergentes (desvio para fora) ou verticais (um olho fica mais alto ou mais baixo do que o outro).
Como se apresenta?
Os estrabismos podem se apresentar de três maneiras:


constantes: o desvio de um dos olhos é permanentemente observado e chamamos de monoculares quando é sempre o mesmo olho que desvia e de alternantes quando é ora um e ora outro que desvia.

intermitentes: ora os olhos estão alinhados e ora há desvio, sendo mais freqüente nos estrabismos divergentes.

latentes: só são verificados com testes ao exame de motilidade ocular.
Como se desenvolve?
Os sintomas e as conseqüências dos estrabismos são diferentes conforme a idade que aparecem e a maneira como se manifestam.
A visão se desenvolve fundamentalmente nos seis primeiros anos de vida, sendo os dois primeiros os de maior plasticidade sensorial.
Os estrabismos que aparecem antes dos seis anos de idade possuem um mecanismo de adaptação que faz com que haja supressão da imagem que cai no olho desviado e então a criança ou o adulto que ficou estrábico dentro deste período não apresenta visão dupla.
Nestes casos, se o desvio aparece sempre no mesmo olho (estrabismos monoculares), teremos diminuição da visão (ambliopia) do olho desviado.
Em qualquer idade, as pessoas com estrabismos latentes (forias) terão queixas de cefaléia pelo esforço que fazem para manter os olhos alinhados, porque em situação de desvio há visão dupla.
Outra conseqüência importante do estrabismo é o torcicolo (chamamos de torcicolos oculares), isto é, para usar melhor os dois olhos a criança gira ou inclina a cabeça para uma dada posição.
Os estrabismos apresentam um caráter hereditário irregular, isto é, podem pular algumas gerações.
Outros estrabismos são secundários a algumas doenças como: diabetes, hipertireoidismo, afecções neurológicas.
Como se trata?
Os estrabismos são corrigidos com óculos ou cirurgia.
Operam-se os estrabismos que não são corrigidos com óculos ou a parte que os óculos não conseguem corrigir.
Os estrabismos que corrigem com óculos são chamados de acomodativos e estão relacionados em geral a necessidade de correção do grau de hipermetropia.
Somente os desvios latentes e os intermitentes pequenos é que são passíveis de serem auxiliados por exercícios chamados ortópticos.
Pelas implicações de perda de visão, bem como pela possibilidade de ser manifestação de outras doenças, os pacientes com estrabismo devem ser examinados pelo especialista tão logo haja suspeita de desvio ocular.

O que é?
É quando há perda do paralelismo entre os olhos. Popularmente as pessoas com estrabismo são chamadas de "vesgas".
Embora a forma mais comum seja o desvio convergente (desvio de um dos olhos para dentro), podem ser divergentes (desvio para fora) ou verticais (um olho fica mais alto ou mais baixo do que o outro).
Como se apresenta?
Os estrabismos podem se apresentar de três maneiras:


constantes: o desvio de um dos olhos é permanentemente observado e chamamos de monoculares quando é sempre o mesmo olho que desvia e de alternantes quando é ora um e ora outro que desvia.

intermitentes: ora os olhos estão alinhados e ora há desvio, sendo mais freqüente nos estrabismos divergentes.

latentes: só são verificados com testes ao exame de motilidade ocular.
Como se desenvolve?
Os sintomas e as conseqüências dos estrabismos são diferentes conforme a idade que aparecem e a maneira como se manifestam.
A visão se desenvolve fundamentalmente nos seis primeiros anos de vida, sendo os dois primeiros os de maior plasticidade sensorial.
Os estrabismos que aparecem antes dos seis anos de idade possuem um mecanismo de adaptação que faz com que haja supressão da imagem que cai no olho desviado e então a criança ou o adulto que ficou estrábico dentro deste período não apresenta visão dupla.
Nestes casos, se o desvio aparece sempre no mesmo olho (estrabismos monoculares), teremos diminuição da visão (ambliopia) do olho desviado.
Em qualquer idade, as pessoas com estrabismos latentes (forias) terão queixas de cefaléia pelo esforço que fazem para manter os olhos alinhados, porque em situação de desvio há visão dupla.
Outra conseqüência importante do estrabismo é o torcicolo (chamamos de torcicolos oculares), isto é, para usar melhor os dois olhos a criança gira ou inclina a cabeça para uma dada posição.
Os estrabismos apresentam um caráter hereditário irregular, isto é, podem pular algumas gerações.
Outros estrabismos são secundários a algumas doenças como: diabetes, hipertireoidismo, afecções neurológicas.
Como se trata?
Os estrabismos são corrigidos com óculos ou cirurgia.
Operam-se os estrabismos que não são corrigidos com óculos ou a parte que os óculos não conseguem corrigir.
Os estrabismos que corrigem com óculos são chamados de acomodativos e estão relacionados em geral a necessidade de correção do grau de hipermetropia.
Somente os desvios latentes e os intermitentes pequenos é que são passíveis de serem auxiliados por exercícios chamados ortópticos.
Pelas implicações de perda de visão, bem como pela possibilidade de ser manifestação de outras doenças, os pacientes com estrabismo devem ser examinados pelo especialista tão logo haja suspeita de desvio ocular.

Fonte na internet:
www.portalsaofrancisco.com.br; www.abcdasaude.com.br; www.Wickpédia.com.br; www.clinicalavue.com.br.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Castro Alves- Gondoleiro do Amor

GONDOLEIRO DO AMOR Estudo e pesquisa por Gelza Reis Cristo


Castro Alves


Trata-se de um poema de Castro Alves, um poeta romântico da terceira geração que, inspirado em seu grande amor Eugênia Câmara, faz uma declaração de amor e compara a amada a vários elementos da natureza, como se pode observar na primeira estrofe do poema. Ao distinguirmos o poema citado como um contexto cujo encadeamento das suas palavras nos remete a um lirismo amoroso; isto é, “a preocupação com o próprio “eu”, a maneira como a alma, em seus juízos subjetivos, alegrias e admirações, dores e sensações, toma consciência de si mesma no âmago deste conteúdo. O que interessa realmente é a expressão da subjetividade como tal, das disposições da alma e dos sentimentos e não a de um objeto exterior”. (Massaud, moisés, Dicionário de Termos Literários, 2002, p.308).
O Gondoleiro do Amor é um poema significativo de tom contemplativo, pois no momento do nascimento da Canção dos Gandoleiros, em 1867, o poeta e a atriz estavam recolhidos “à casinha de barro” como recorda em “Aves de Arribação”. “Sobre a estrada/abriram a tarde as persianas”. Não há dúvidas de que a “barcarola”, sendo uma recordação do poema citado anteriormente, é “ideal e sentida”, “inundada de ternura e sem geografia”. Palácios de Sorrento em vez de palácios venezianos, a idéia de o Gondoleiro “vagar, naufragar, perder-se na água rasa dos canais, em que a imaginação do “eu-lírico” passeia em Veneza, criando um cenário ideal para a concretização do seu encontro amoroso.
Trata-se de um poema em modelo clássico, um quarteto com sete sílabas poéticas, heptassílabo ou redondilha maior, é o mais simples do ponto de vista das leis métricas. “Basta que a última sílaba seja acentuada e os demais acentos podem cair em qualquer outra sílaba. São versos melódicos de todas as épocas”. Temos a presença de rimas cruzadas ou alternadas ABAB ao longo do poema, sendo que, o primeiro verso rima internamente com o terceiro, enquanto o segundo e o quarto rimam externamente em todas as estrofes. Em todas as estrofes temos o domínio das vogais tônicas e, ô, i, á, (sons vocálicos iguais para cada fonema) em que encontramos um caso de rima toante de grande efeito musical, recuperando, então, a idéia trabalhada ao longo do poema, que eram as barcarolas, cantigas românticas dos gondoleiros de Veneza. Temos uma rima rica, pois as categorias gramaticais dos signos com rima tônica são diferentes: adjetivos, substantivos, verbos, preposição e pronomes).
Quanto aos aspectos sonoros, são os sons de S e R que marcam a aliteração, o que permite que o poeta consiga o efeito do ir-e-vir do mar e dos canais de Veneza.


ASPECTO INTRODUTÓRIO


O presente trabalho tem por escopo analisar o poema “O Gondoleiro do Amor”, cuja autoria é de Castro Alves, um dos poemas retirados da obra “Espumas Flutuantes”, em que concentra-se toda a face lírica do poeta tanto de cunho amoroso quanto social, porém, nos deteremos apenas ao estudo lírico-amoroso do poeta. Para lograrmos êxito em nossa atividade, abordaremos os aspectos de cunho estilístico, lexical, sintático e semântico, tomando como princípio do estudo a construção do poema em duas fases, sendo a primeira constituída por imagens obscuras, que vai da primeira à quarta estrofe, e, a segunda, por imagens brandas e claras, a partir da quinta estrofe, cuja intencionalidade esclareceremos no decorrer da análise.

Ao efetuarmos a leitura do poema, é notável a presença de uma regularidade linear que veicula todo o texto, no caso, quartetos heptassílabos ou redondilha maior, como podemos observar, mantendo em todas as estrofes do poema a acentuação do segundo e quarto versos que recai sobre a última sílaba poética, ou seja, a última sílaba será, em todo o poema, a sílaba tônica, no entanto, sabe-se que as redondilhas permitem uma liberdade na elaboração de rimas internas, recuperando um mesmo som, liberdade esta, muito característica das obras de Castro Alves. Verifica-se rimas alternadas conduzindo as imagens e a sonoridade, revelando a escolha do título e a sua relação com o poema. Na primeira estrofe, o eu lírico utiliza-se de verbos de ligação para transmitir a idéia de contemplação, assim como estabelece uma comparação (símile) entre o ser amado aos aspectos da natureza, em seu caráter misterioso de noite sem clarão, assim como as profundezas do mar, que demarcam um ambiente obscuro, revelando ser a primeira fase do poema de um tom teor também misterioso, como se o eu lírico estivesse numa constante busca:

Teus olhos são negros, negros,
Como as noites sem luar...
São ardentes, são profundos,
Como o negrume do mar;


Na segunda estrofe temos a presença de uma construção metafórica, em que o barco e a vida boiando à flor representam o vigor e a beleza da juventude perfeita. É importante ressaltar um outro recurso que tem por objetivo criar uma melodia, que é o refrão e será retomado ao longo do poema em estrofes alternadas.

Sobre o barco dos amores,
Da vida boiando à flor,
Douram teus olhos a fronte
Do Gondoleiro do amor.


Novamente, na terceira estrofe, o eu lírico tem sua seleção lexical voltada para a construção de um cenário que envolve o momento amoroso numa sonoridade contextualizada. Percebe-se, em sua linguagem metafórica, que o sujeito lírico compara a inconstância de sua relação com a amada às ondas que vão e que vêm com grande intensidade de sentimentos:

Tua voz é cavatina
Dos palácios de Sorrento
Quando a praia beija a vaga,
Quando a vaga beija o vento.

A seguir, percebe-se uma inversão na ordem direta da construção sintática dos dois primeiros versos da quarta estrofe, que ficaria, então: “E como o pescador ama um canto em noites de Itália,” [...], para conseguir o efeito sonoro de rimar o segundo verso ao refrão. Chegando ao fim da imensa busca, o eu-lírico se harmoniza com a inquietude, ficando em paz com seu amor:

E como em noites de Itália
Ama um canto um pescador,
Bebe a harmonia em teus cantos
O Gondoleiro do amor

A partir destes últimos versos, há uma ruptura no cenário até então descrito por termos que remetem à escuridão de um amor ainda não totalizado para um ambiente que vai clareando à medida em que o eu-lírico se aproxima do objeto amado. Comparando os lábios da amada à rosa e à coloração que o dia vai ganhando antes da chegada do sol, sendo as “aves rubras do céu” uma conotação das cores que as nuvens vão adquirindo nesse momento.

Teu sorriso é uma aurora
Que o horizonte enrubesceu,
- Rosa aberta com o biquinho
Das aves rubras do céu.

Dando continuidade ao poema, percebe-se na estrofe a seguir a presença das adversidades no decorrer da existência, representadas no poema através dos fenômenos naturais, para expressarem a experiência amorosa em sua plenitude sentimental e carnal,

Nas tempestades da vida
Das rajadas no furor,
Foi-se a noite, tem auroras
O Gondoleiro do amor.

Percebe-se na estrofe que apresentaremos a seguir a exaltação da mulher, porém, não de uma mulher idealizada, mas de uma mulher carnal, concreta, possuída, envolta de uma sensualidade que constitui uma paixão integral e lasciva.

Teu seio é vaga dourada
Ao tíbio clarão da lua,
Que, ao murmúrio das volúpias,
Arqueja, palpita nua;

A sensação lírico-amorosa é tão intensa e profunda que o sujeito lírico se perde extenuado nesse colo de sensualidade inigualável, utilizando verbos de ação para descrever o quão imensurável é este amor, e, o verbo ser no presente do indicativo é a afirmação concreta de seu amor:

Como é doce, e pensamento,
Do teu colo no languor
Vogar, naufragar, perder-se
O Gondoleiro do amor!?


Na penúltima estrofe, temos termos que se opõem, em presença de uma antítese, qualificando o amor como sendo superior às forças espirituais e materiais, assim como o poeta descreve e realça o quanto era irascível a sua relação com a pessoa amada:

Teu amor na treva é – um astro,
No silêncio uma canção,
É brisa – nas calmarias,
É abrigo – no tufão;

Na última estrofe, o eu-lírico declara seu amor, por ser algo grandioso e supremo, acima de quaisquer situações, demonstradas pela antítese e, através de um vocativo clama nomes significativos para o seu amor

Por isso eu te amo, querida,
Quer no prazer, quer na dor...
Rosa! Canto! Sombra! Estrela!
Do Gondoleiro do amor.

Ao longo do poema, nota-se que o esquema rítmico é demarcado pela repetição das consoantes “s” e “r” e dos sons nasais, que proporcionam ao leitor, numa leitura em voz alta, a sensação das gôndolas sendo conduzidas juntamente às barcarolas, que são as cantigas de Veneza, recuperando o título da obra.

CONCLUSÃO

Tentamos mostrar através da análise deste poema, alguns dos recursos utilizados pelo criador da obra, que expressam toda a genialidade do poeta ao descrever o trajeto de um amor de início inconstante que vai se concretizando e superando os elementos predominantes ao possuir uma mulher de carne e osso, afeito às sugestões de um cenário perfeito para a plenitude amorosa .
Estamos analisando um poema construído em torno de comparações, antíteses, refrão, metáforas, hipérbole, vocativo e verbos. O poeta, em tom comtemplativo une o primeiro quarteto semanticamente: (como as e como os), fazendo uma comparação (Símile) e aproximando os dois termos-chave  “sem luar e negrume do mar” (fenômenos da natureza que causam escuridão). Observe que o R e o S são os causadores da aliteração no decorrer do poema.
No segundo quarteto  temos uma metáfora no segundo verso quando o “eu-lirico” omite a palavra juventude trocando pelo termo “Da vida boiando á flôr” e o ícone flôr revela a presença da figura de linguagem. O brilho dos olhos douram a fronte do amante. São imagens construídas pelo “Gondoleiro do amor”, o tripulante da gôndula nos canais de Veneza: construção de imagens pelo “eu-lírico”.



Ficha de documentação bibliográfica
CÂNDIDO, Antônio.
Formação da Literatura Brasileira Vol. 2
Universidade de São Paulo, l975 (pp. 268, 269);


CÂNDIDO, Antônio.
O Estudo Analítico do Poema
São Paulo, Humanitas Publicações /FFLCH/USP, 1996.

MOISÉS, MASSAUD.
Dicionário de Termos Literários A/3
Editora CULTRIX, São Paulo,SP 2002.


A Pirataria

A Pirataria do Guarda-Chuva
Meu Deus! As portas do mundo se abriram para a globalização. A pirataria nossa de cada dia suscitou na mente do brasileiro uma visão do “Plano Real” dia-a-dia desde o seu “sucesso” no Brasil. Tudo começou na era FHC quando um reboliço sobre a Globalização e o Neoliberalismo invadiu os bancos universitários. Tanto as autoridades como os palestrantes queriam falar e explicar o assunto. O maior entusiasmo dos estudiosos brasileiros girava em torno de um Brasil de primeiro mundo, os pós e os contras. Além dos livros sobre o assunto vieram as mudanças às vistas do consumidor. Brinquedos, CDs, DVDs, cigarros, tênis etc são os produtos proibidos por lei para piratear. Mas começando pelo guarda-chuva e este tem história: quase sempre ouvimos o consumidor (a) reclamar que anda tomando chuva pelo fato de não poder trocar de chapéu-de-chuva toda semana, pois parecem descartáveis. Os moradores de São Vicente lembram com saudades da fábrica de sombrinhas da rua Martim Afonso logo após a José Bonifácio, bem próximo da praça 22 de Janeiro. Madames entravam e saiam com as novidades de primeira linha. Hoje, vale a pena pagar caro por um guarda-chuva? Quando as lojas de R$ 0,99 e R$ 1,99 invadiram as praças a qualidade perdeu o rumo. As donas-de-casa reclamam do detergente que acaba rapidinho, das várias marcas multiplicadas por uma palavra-chave que explica a novidade no produto, da mudança de embalagens, do sistema de compras favorecendo os cartões de crédito e muitas vezes pressionando os consumidores a aceitarem os cartões fazendo-os desistirem da compra a vista por não terem mais o desconto tradicional. Que dizer dos produtos de aço inox? Enfim, o problema de arrecadação de impostos precisa de uma fiscalização geral (Graças a Deus já temos em São Paulo a Nota Paulista), pois se dantes eram as lojas de cosméticos a sonegarem notas fiscais, agora até as lojas de calçados da rua Martim Afonso entregam a mercadoria e guardam as notas. Quando o freguês pede a nota eles dizem que se precisar trocar pode trazer na embalagem da sacola que não tem problema.

Como vemos a pirataria também pode estar na informalidade, no baixo poder aquisitivo, na falta de fiscalização, e principalmente nos importados. Portanto o problema é complexo e envolve consciência e responsabilidade do consumidor.





domingo, 13 de fevereiro de 2011

Insônia

INSÔNIA
Quando vamos dormir vencidos pelo cansaço, porém algo deixou de ser feito naquele mesmo dia;
Quando um problema nosso depende de outras pessoas para ser sanado de nossas vidas;
Quando depende da Divindade que adoramos para ser banido;
Quando não temos dinheiro suficiente para viver com dignidade;
Quando não temos coragem para mudar num momento tão necessário;
Quando as pessoas que amamos não conseguem ver o óbvio;
Quando descobrimos que também somos falhos;
Enfim, insônia rima com problema e falta de saúde e se temos saúde vamos resolver a
INSÔNIA.
Bjuss

Nascer do sol fotografado de uma aeronave

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Edificar o meu blogger

Boa noite queridos leitores,
Estou tentando um ritmo quase diário para construir o meu blog, por enquanto, de modo que ele fique bonito e útil. Gostaria que ele tivesse o ritmo de uma vida normal, sem grandes correrias.
Para onde vamos com tanta pressa?
O ser humano precisa de tempo para falar com as pessoas, olhar no olho quando possível, abraçar, tocar nas pessoas que você ama. Enfim, viver esta vida breve e ser feliz. Muito feliz.
Quero dizer para os meus visitantes que estou, aos poucos, editando alguns brindes de receitas inéditas que estão nascendo no meu dia a dia ou que ficaram de fora do livro A Cozinheira Nômade.
Em breve teremos neste espaço virtual um pouco de tudo que nos interessa e muita coisa inédita. Prometo. Obrigada.
Gelza Reis Cristo

Insônia

INSÔNIA
Quando vamos dormir vencidos pelo cansaço, porém algo deixou de ser feito naquele mesmo dia;
Quando um problema nosso depende de outras pessoas para ser sanado de nossas vidas;
Quando depende da Divindade que adoramos para ser banido;
Quando não temos dinheiro suficiente para viver com dignidade;
Quando não temos coragem para mudar num momento tão necessário;
Quando as pessoas que amamos não conseguem ver o óbvio;
Quando descobrimos que também somos falhos;
Enfim, insônia rima com problema e falta de saúde e se temos saúde vamos resolver a
INSÔNIA.
Bjuss

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A Cozinheira Nômade - Opinião

• Verônica Hartman Hartmann Maio 02 2009
Oi, Gelza! O livro é maravilhoso, explica tudo nos mínimos detalhes. O Bruno, se encantou pelo livro. Até mostrou-me que tem uma receita de bolo de cenoura. Ele adora bolo de cenoura. Já marcou no livro o que deseja que eu faça para o próximo aniver. dele.

Pão de batata a moda Gelza

Sucesso A Cozinheira Nômade!

Frases dos leitores sobre o conteúdo do livro:

__A história da Raissa é envolvente! Comecei fazendo o pudim, e ficou uma Delícia!

__Ler A Cozinheira Nômade é uma tortura, me dá uma fome!

__A Cozinheira Nômade é muito bom, as receitas são do nosso dia-a-dia, já estou fazendo.

__Meu filho de 12 anos sentou-se e começou a ler, depois disse que ia fazer um bolo de fubá, e fez. Seguiu a receita e ficou uma delícia!

__Nunca acertei ao ponto do brigadeiro, agora segui os minutos e ficou ótimo, no ponto.

__Gostaria de saber mais sobre a Raissa. Disse uma leitora pensando tratar-se de uma história verídica. Informei-lhe tratar-se de ficção com a introdução da profissão da autora na personagem.



__Nunca tinha lido romance com receitas. Estou lendo outra vez para escolher qual delas farei primeiro.



__É muita comida caseira!Tenho os ingredientes em casa, pois tembém vou na feira.


Feijoada completa a moda Gelza

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Dengue Hemorrágica -saiba tudo sobre o vírus

Dengue Hemorrágica - saiba tudo sobre o vírus



Chunlin Zhang

Department of Virology, United States Army Medical Component —

Armed Forces Research Institute of Medical Sciences, Bangkok, Thailand



Introdução

A importância do vírus da dengue como agente causador da doença, da febre, febre hemorrágica da dengue e da síndrome do choque tem se tornado cada vez mais reconhecida. A prevalência global da dengue tem crescido dramaticamente nas últimas décadas e a doença é agora endêmica em mais de 100 países. Atualmente estima-se que 50-100 milhões de casos de dengue ocorrem a cada ano em países tropicais e subtropicais, quando a incidência da mais grave manifestação da doença, febre hemorrágica da dengue e síndrome do choque da dengue, também está em aumento. Epidemia de dengue é agora caracterizada em todo o mundo por hiperendêmica, ou a co-ocorrência de vários sorotipos de dengue na mesma localidade. Devido à falta de uma vacina ou uma cura para a dengue, é importante o desenvolvimento de métodos diagnósticos eficazes e vigilância laboratorial para a detecção precoce da infecção e para fornecer um sistema de alerta precoce de epidemias de dengue. Assim agora, um bem-desenvolvido método de laboratório de biologia molecular, transcriptase reversa

reação em cadeia da polimerase (RT-PCR) tem sido amplamente utilizada para a detecção de todos os quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV). O diagnóstico da infecção pelo vírus dengue por RT-PCR é baseada na amplificação de regiões específicas do genoma do DENV, seguido por eletroforese em gel de agarose e visualização dos produtos sob luz ultravioleta luz após a coloração do DNA com brometo de etídio.

O método de tipagem molecular DENV, RT-PCR, descrita por Lanciotti (Lanciotti

et al., 1992) tem sido utilizado em nosso laboratório por mais de 10 anos. No entanto,

têm-se observado alguns resultados não-específicos quando se usa este RT-PCR para detectar a infecção. Por exemplo, algumas amostras apresentaram evidências de múltiplas infecções por dois diferentes sorotipos da dengue - na maioria dos casos, DENV-1, mais um outro sorotipo. Além disso, algumas amostras deram resultados positivos para o DENV-1 através de testes sorológicos, ou apresentaram um fragmento de DNA do tamanho correto após a primeira rodada de amplificação de PCR, mas negativos resultados pela PCR. Estes resultados não-específicos interferiram com nossa capacidade de detectar com precisão a infecção com essa técnica, e nós estamos determinados a resolver os problemas encontrados.

Desde que o GenBank database não contém informações suficientes de seqüência

para permitir o alinhamento da seqüência de análises necessárias para o desenho de novos primers para detectar variantes tailandeses DENV, foi necessário estabelecer uma seqüência adequada para as variantes da Tailândia no banco de dados. Recentemente, seqüenciaram o gene do envelope de 325 DENV isolados (98 DENV-1, 105 DENV-2, 68 DENV-3 e 53 DENV-4) e o completo genoma de DENV isolados 32 (10 DENV-1, 10 DENV-2, 6 DENV-3 e 6 DENV-4) obtidas de pacientes tailandês durante 1973-2002, em um estudo molecular do epidemologia da circulação do DENV na Tailândia, para as últimas três décadas. Nossos dados estabeleceram um banco de dados da seqüência de variantes tailandeses DENV, que servirá de recurso para a pesquisa sobre DENV em todo o mundo. Com base nas informações sobre as seqüências de DENV no

nosso banco de dados,nós modificamos de Lanciotti ‘s RT-PCR (Lanciotti et al., 1992) para detectar DENV variantes tailandesas. Aqui nós descrevemos algumas das modificações realizadas.





Material e métodos



Extração de RNA: RNA viral foi extraído de soro utilizando o reagente TRIzol ®

(Invitrogen, Life Technology), de acordo com as instruções do fabricante.



Primers: primer de Lanciotti D1, D2 e primer reverso, TS1, TS2, TS3 e TS4 foram utilizados. Dois novos primers reverso, D2n e TS4n foram concebidos com base

em seqüências de DENV tailandês em nosso banco de dados de seqüência. O primer TS1bis ,previamente descrito por Reynes et al. (2003), também foi utilizado neste estudo.



RT-PCR: RNAviral genômico foi convertido em cDNA com transcriptase reversa

do vírus mieloblastose aviária (AMV RT, Promega) e um primer D2 reverso ou

D2n, de acordo com o método Lanciotti de RT-PCR. A primeira rodada de PCR, produziu 511 pares de bases (pb) e 656 fragmentos de DNA foram amplificadas utilizando bp AmpliTaq DNA polimerase e D1/D2 pares de primers (Figura 15), e D1/D2n (figura 17), respecvamente. Estes produtos de PCR foram amplificados a partir de uma região que está entre o capsídeo e genes Prem.



Nested (aninhado)PCR: O tipo específico de fragmentos de DNA para DENV-1 (482 pb), DENV-2 (119 pb), DENV-3 (290 pb) e DENV-4 (392 pb, amplificados com o par de primers D1 / TS4, ou 389 pb amplificado com um par de primers D1/TS4n) foram amplificados por AmpliTaq DNA polimerase utilizando o produto da PCR na primeira rodada (a 656 pb ou a 511 fragmentos de DNA ) como um modelo(template), com pares de primers mistas (uma para a frente primer D1 e quatro primers inversos: ou TS1bis TS1, TS2, TS3, e TS4 ou TS4n) o PCR foi aplicado(a segunda rodada de amplificação).



Eletroforese em gel: Os fragmentos de DNA amplificados pela PCR foram carregados

1,5% em um gel de agarose e submetidas à eletroforese seguido por coloração do gel com brometo de etídio. O DNA (incluindo bandas de DNA específicas para cada sero-

tipo) foi visualizado sob luz ultravioleta.



Fig.14.



Resultados e discussão



Usando um novo primer reverso para a amplificação de PCR da DENV-1. Alguns dos nossos DENV-1 isolados deram resultados negativos por PCR Lanciotti, mas os resultados positivos pela primeira rodada-PCR (Figura 14) e testes sorológicos (dados não mostrados).Percebemos que tinha sido relatado que a RT-PCR Lanciotti de não detectou a variante DENV-1 em Camboja, devido à presença de uma mutação de ponto (Reynes,etal.,2003).É provável que tenha enfrentado o mesmo problema para a variante DENV-1 na Tailândia.

O alinhamento da seqüência para estas amostras (Figura 14) mostrou que há algumas inadequações entre as seqüências de DENV-1 tailandeses e o primer TS1. Em particular,um ponto de mutação ocorreu no final 3 do primer TS1, que tem, assim, uma redução sensível na detecçãode algumas variantes de DENV-1 tailandesa PCR(Figura15,

secção B).

Esta mutação de ponto está localizado na base do penúltimo final 3 do

primer reverso TS1 (Figura 14) e, portanto, afeta muito a eficiência de ligação da DNA

polimerase, resultando na ampliação vencida e os resultados negativos pela nested

PCR (Figura 15, seção B). Para eliminar essa mutação, um novo primer reverso, TS1bis, desenhado por Reynes et al. (2003), foi utilizado para substituir o original (TS1),na PCR para detectar DENV-1 (figura 14). Nove amostras que eram conhecidos por serem positivas para DENV-1, isoladas de Kamphaeng Phet (KPP) hospital (norte da Tailândia),

foram testados usando o primer original TS1 e o novo primer TS1bis no mesmo

DNA modelo na PCR (Figura 15, as seções B e C). O fragmento de DNA 482 bp foi observado quando TS1bis foi utilizado (Figura 15, secção C), mas não quando TS1

foi utilizado (Figura 15, seção B). Nossos dados demonstram claramente que o primer TS1bis foi mais capaz de detectar a variante tailandesa DENV-1 que TS1.



Eliminação de 511 bpda banda de DNA de interferência da primeira rodada de amplificação por PCR: Na detecção de infecção com DENV pelo Lanciotti RT-PCR (Figura 16), um

fragmento de DNA de 511 pb gerados na primeira rodada de PCR interferiu nos resultados da segunda PCR para as amostras que foram positivas para

DENV-2, DENV-3 e DENV-4 e tinha uma carga viral elevada (figura 17). Os resultados assim erradamente pareceram mostrar evidências de infecções multi-sorotipo. Estes resultados ambíguos foram causados pela pequena diferença de tamanho entre 511 pb, produto da primeira rodada de PCR e os 482 bp DENV-1 da segunda

rodada de PCR. A diferença de 29 pb entre os dois fragmentos de DNA não pode ser

distinguida facilmente por eletroforese em gel de agarose 1,5% com um tempo curto de corrida.

Nós projetamos um novo primer reverso D2n, para substituir a original, D2, da

primeira rodada de PCR. A posição deste primer reverso novo foi deslocado em 145 bases jusante(trás) daquele do primer D2reverso original, resultando em um produto de 656 bp na primeira rodada de PCR. (Figura 18). A diferença de tamanho entre os produtos da primeira rodada da PCR e do DENV-1 do produto da PCR foi de 174

pb, que foi suficiente para diferenciar os dois fragmentos de DNA em gel de agarose. Nossos resultados mostraram que os dois fragmentos de DNA podem ser claramente separados usando D2n, o primer modificado na PCR na primeira rodada e foi eliminado as interferências (Figura 19).



Desenhando de um novo primer reverso para a detecção de DENV-4 na PCR, para evitarproblemas com a variante tailandesa DENV-2: Amostra D2Th0551/03, isolada de um paciente tailandês em 2003, deu um resultado positivo para infecção de DENV-1, DENV-2 eDENV-4 de acordo com RT-PCR é Lanciotti, enquanto só deu um resultado positivo para o DENV-2- de acordo com o teste sorológico. Será que realmente o paciente tem uma infecção concomitante com

múltiplos sorotipos ou foi apenas um resultado não-específico?

Após o alinhamento da seqüência para análise, verificou-se que o primer TS4 tipo específico liga-se à seqüência do

D2Th0551/03 em posições de nucleotídeos 497-512 (Figura 20), o que poderia explicar

o resultado não específico para DENV-4. O resultado aparentemente positivo para o DENV-1foi provavelmente causado pela presença do fragmento de DNA 511 pb do primeiro turno da PCR.

Para testar nossa hipótese, nós projetamos um primer TS4 novo TS4n,

cuja posição foi mudada duas bases a montante (fente) (figura 21). Amostra D2Th0551/03 foi re-testada usando primers D2, D2n, TS2, TS4 TS4n em ambos os PCRs(figura20).

Três produtos de DNA de tamanho esperado para o DENV-1, DENV-4 e DENV-2 foram observados (figura 22, travessa 3) quando Lanciotti primers foram utilizados. Contudo, o fragmento de 511 pb foi eliminado quando D2 primer foi substituído por D2n (Figura 22, as pistas 4 e 5. O fragmento de DNA não-específicas (393 pb) para DENV-4 foi removido quando TS4 primer foi substituído por TS4n (Figura 22, pista 5). Estes resultados confirmam a hipótese.

Nossos resultados indicam que, em vista da variação geográfica e temporal na sequencia deDENV, uma sequencia de banco de dados para os vírus que circulam em uma determinada localidade, deve ser estabelecida, a fim de servir como fonte de informação para a concepção de

primers específicos e sensíveis ou sondas para o diagnóstico e vigilância dos den-

gue por abordagens moleculares em laboratório.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Teoria do conto

Estudo de Gelza Reis Cristo





Segundo Mário de Andrade tudo o que o autor batizou de conto é conto. E mais, o conto é indefinível a receitas.

No entanto para Machado de Assis parece fácil, mas é difícil.

Gelza Reis Cristo dá exemplos do que ela entende por conto e apresenta um estudo de outros grandes mestres contistas.



Vamos relatar um acontecimento. Podemos contar um conto ou escrevê-lo em poucas linhas. Será curto e conciso. A personagem principal não consegue resolver sozinha, os seus conflitos psicológicos, pois é muito frágil e necessita de ajuda. E não vamos alongar a estória porque assim perderá todo o encanto do conto. A estória será falsa porque assim é o conto. Vamos evitar um fim arrumadinho para deixar um ar de mistério, algo a desvendar. Deixe um fato amarrado para o leitor imaginar a ficção tornando a fantasia um parecer de verossimilhança capaz de conquistar até mesmo os avessos à leitura.

Verdadeiramente ao escrever um conto podemos descrever o acontecimento até num espaço estático onde os personagens: humano, animal ou objeto podem fazer parte do enredo e não necessariamente estarem no mesmo espaço. Estes, serão representados em uma época de acontecimentos que deixarão marcas profundas.

As ações de pessoas ou coisas nunca devem ocorrer num tempo determinado, pois elas devem falar por si:



Naquele barraco de palha seca do licuri, na região do “Polígono da Seca”, havia toda boca da noite uma roda de adultos, jovens e crianças, todos desejosos para ouvirem da boca do contador de estórias, mais um conto que começava sempre assim:

Era uma vez...

Segundo o estudo de Vlademir Propp, os personagens desenvolvem funções, que são as ações no decorrer do enredo. No entanto, estas mesmas ações também são praticadas por outros personagens e de modo diferente.

O conto examinado por Propp tem 150 elementos e 31 funções linear que movimentam o conto, principalmente o maravilhoso.



Entre tantas definições teóricas podemos simplificar o conceito do conto dizendo que este, quando bem estruturado, tem muitas personagens, desde o vilão, o doador, aquele que presta favores e é atencioso, a jovem, o pai da jovem, o mandante etc.

Propp afirma ainda, que a origem religiosa dos contos ocorreu na pré-história quando o conto se confundia com um relato sagrado – conto/mito/rito__ e o rito desaparece quando não há mais caça como recurso de subsistência. Os mais velhos contavam aos jovens sobre suas origens. Estes passavam a possuir uma espécie de amuleto verbal.

Podemos dizer que em meados do século XX esta prática de contador de estórias acontecia nas fazendas dos coronéis do Nordeste todo início de noite nos períodos de safra. Para entreter os trabalhadores havia sempre um deles a se destacar como contador de estórias. Quem contava a estória? O sujeito mais feio e divertido do grupo de roceiros. Verdade ou ficção? A verossimilhança dava crédito ao contista, sendo que todos acreditavam como uma verdade. Narrar era viver mais uma vez e acentuar a memória para novos causos, como eram nomeados.

Mas para Vlademir Propp não podemos afirmar ao certo quando ocorreu a passagem do conto convencional para os contados até hoje. Os contos maravilhosos remontam de representações existentes de um povo anterior as castas; que depois passam a ser patrimônio das lasses dominantes.



Podemos observar ainda, o estudo de Greimas sobre o conto. Segundo ele a atuação dos personagens se dá a partir da relação sintática sujeito/objeto onde três tipos de relações das personagens ocorrem em função de uma ação.

Em resumo, o conto é tudo aquilo que pode ser recontado de forma oral ou escrita.

Morte em Veneza

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MORTE EM VENEZA - E A ÉTICA NO TEXTO

31/07/2009 - RESUMO:

No início do século XX Thomas Mann apresenta ao seu público leitor um romance que se tornaria de imediato num grande sucesso e logo iria constar depois nas telas do cinema. O personagem principal, Gustave Aschenbach, um escritor e acadêmico alemão que vive um momento de crise existencial e resolve passar férias na cidade de Veneza. Ao entrar em contato com a sociedade de fino trato, e que também gozava de férias naquele hotel, depara com a bela imagem do jovem Tadzio. Diante dele estava a perfeição de uma estátua grega. Apaixona-se pelo rapaz que representava naquele momento tudo o que ele buscara nas artes. A paixão cresceu e com ela uma série de sofrimentos, pois pegou uma doença incurável que o consumia lentamente. A sua paixão pelo mar amenizava a sua dor.

O autor levanta nesse romance algumas questões trabalhadas por artistas da época como a do personagem Aschenbach que luta contra a decadência do seu corpo por causa da doença; o conflito entre o artista e as belezas naturais e em meio a tudo o mundo estava vivendo uma epidemia onde o autor retrata a doença como uma metáfora simplificada do mundo em agonia.



A ÉTICA NO TEXTO:



A discussão ética que hora apresentamos, e que está contida no texto acima citado, assemelha-se ao nosso mundo real.



ÉTICA-MORAL: durante a narrativa do autor, podemos perceber a conduta humana do personagem Aschenbach quando em diversos momentos ele entra em crise por não aceitar que sendo um homem maduro não poderia amar um jovem de apenas 14 anos. Porém, a sua paixão era pela imagem perfeita comparada a uma escultura grega; e ele passou a proteger o objeto amado em todas as situações.



ÉTICA-SOCIAL: a comparação do romance MORTE EM VENEZA com o nosso mundo social real basea-se no comportamento das autoridades de Veneza naquela época quando escondiam da sociedade um surto de cólera hindu, originário dos pantanos quentes do delta Ganger. Embriões coléricos foram encontrados em Veneza no mês de maio. Quando Aschenbach percebe que a cidade está anormal, a conversa gira em torno de um siroco que explicavam-no como sendo um ar abafado. Percebendo que as respostas eram insatisfatórias ele indagou: “Devem ocultar isto” ou “Há ocorrencias camufladas pelas autoridades nas sujas ruelas de Veneza”.

Aquela atitude anti-ética das autoridades causou em Aschenbach uma apreensão. Cismado, procurou a família de poloneses, pois estava preocupado com o Tadzio; e ao vê-los não teve coragem de revelar as suas suspeitas para não perder o seu amado de vista e preferiu guardar dois segredos que passaram a atormentá-lo...

Hoje, a perspectiva da ética do texto com relação ao nosso mundo real é uma verdade do mundo em que vivemos; pois as autoridades não conseguem eliminar as várias epidemias de doenças que nos rodeiam. Elas se destacam nos noticiários e a população vive na insegurança.

Estudo feito pela pesquisadora Gelza Reis Cristo



A ESTÉTICA NA LINGUAGEM: ao autor cabe a visão das coisas que ainda não foram vistas; autenticidade a luz da ideologia que o norteia. E é na primeira parte do romance, diríamos até a página 123 quando o narrador revela porque ama intensamente o mar, o mesmo é necessário ao aconchego do criador.

A ESTÉTICA DE VON ASCHENBACH- vestia-se com excelentes tecidos, sempre bem penteado, retórica perfeita, sendo exemplo para os jovens da época. Dados baseados no trecho: “seu estilo transformou-se em perfeito positivo, lapidado, tradicional, formal e cerimonioso. “O homem envelhecido baniu o vulgar e se orgulhava de desfilar até a praia com o seu terno de seda. E foi no barbeiro do hotel que fez uma completa transformação com o desejo de rejuvenecer aos olhos do amado.

Dom Casmurro - Análise

Por Gelza Reis Cristo



Personagens:

Bentinho: Personagem principal, narrado em 1a pessoa, garoto que se torna homem desenrolar do conto.

Capitu: Musa de Bentinho. Foi sua vizinha, amiga e companheira de infância. A razão pela qual Bentinho não ter vontade de ir para o Seminário. Acaba sendo sua mulher. Bonita e tentadora.

Dona Glória: Mãe de Bentinho. Amorosa com o filho e temente a Deus.

Tio Cosme e Prima Justina: parentes da Mãe de Bentinho. Que moravam na casa da mesma. Servindo de Companhia para a mãe do rapaz.

José Dias: Agregado da Família de Bentinho. Falso médico, que por agradecimento ficou morando na casa destes. Como companhia e como empregado faz-tudo. Sendo fiel e servidor a ambos.

Escobar era o melhor amigo de Bentinho, que se conheceram no seminário. Este vira comerciante. Casa-se com a melhor amiga de Capitu: Sinhá Sancha.

Ezequiel: filho de Bentinho e Capitu. Nascido depois de muito tempo e das várias de ter um filho. Leva esse nome em homenagem ao primeiro nome de Escobar.



Enredo:

O enredo trata de três áreas e cada uma ligada diretamente na outra.

1. Bentinho em sua casa. Antes de ir para o seminário. Tendo Encontros com Capitu. Tentando escapar do destino de ser um padre.

2. Bentinho no seminário. Quando conhece Escobar. E faz visitas a sua casa todo fim de Semana.

3. Bentinho, um tempo depois da separação tem o chamado Clímax quando se casa com Capitu, tem um filho, e começa ter a desconfiança que aquele filho não é seu.



Da Mensagem:

A obra é um conto muito requisitado no Ensino Médio como também , por muito tempo foi pedido nos vestibulares. Temos ainda partes comparativas com Deuses greco-romanos e algumas passagens do "OTELO" de Shakspeare, tendo aí a conclusão que Machado de Assis não fez só um conto, fez uma obra com conteúdo cultural. Mas no nosso estudo podemos tirar uma conclusão no sentido de lição de moral é de "Que às vezes não confie no seu melhor amigo e nem em uma companheira de Infância", isto sendo sobre o caso Capitu-Escobar.



Estilo e Ambiente:

Foi uma obra no estilo literário Realismo Brasileiro. Que se passava em uma classe média alta no final do século passado, se passando no Rio de Janeiro. Portanto, o estilo de Machado acontece neste contexto com palavras de época e nisso o autor era mestre. Somente palavras usadas na época, em desuso atualmente, chamaram a atenção mais não houve a necessidade do uso de dicionários para se ler a obra, porque além de ter o vocabulário, as palavras não eram tão desconhecidas do nosso estudo de Letras..



Resumo do Livro

O autor conta a vida de um garoto no final do século passado, brilhantemente narrado em 1a pessoa, deixando a dúvida se estes acontecimentos aconteceram ou não na vida do autor

No começo ele diz porque foi apelidado de Dom Casmurro, o (Casmurro) porque o povo achava ele um homem calado e metido consigo. E (DOM) veio por ironia para atribuir-lhe o brilho da nobreza

O pai dele estava numa antiga fazenda em Itaguaí e o Bentinho (Dom Casmurro) onde acabava de nascer, quando o seu pai estava mal de saúde e na obra do acaso apareceu um médico homeopata chamado José Dias e o curou e não quis receber remuneração e então o pai de Bentinho propôs que José Dias ficasse ali vivendo com eles, com um pequeno ordenado. Ele foi embora mais dizendo que voltava dali à alguns meses. Voltou somente duas semanas após e aceitou viver na casa tendo a serventia de médico da casa. O pai dele foi eleito deputado e foram para o Rio de Janeiro com a família, José Dias veio também tendo o seu quarto no fundo da chácara.

Seu pai voltou a ficar doente com uma febre alta, nisso José Dias confessou-se que não era médico, mais a medicina homeopata o agradava e era uma ciência de crescimento. Seu pai logo depois acabou morrendo. Mesmo assim a mãe de Bentinho pediu para que José Dias que ficasse.

Daí conta a história que depois de perder seu primeiro filho Dona Glória fez uma promessa que se nascesse outro filho homem, ela faria um padre em agradecimento à Deus.

Capitu, que era sua vizinha, e Bentinho, ambos muito jovens, brincavam de fazer missa dividindo a hóstia, etc. Ele começou a gostar de Capitu sem ela saber. Ele descobriu que ela também gostava dele quando leu no muro o nome "Bento e Capitolina" rabiscados com um prego.

Bentinho por varias razões prometia que ia rezar mil Padre-Nossos e mil Ave-Marias como promessa. E os desejos se realizavam e as promessa se acumulavam, não cumprindo nenhuma.

Ele fazia tudo o que a mãe quisesse, até cocheiro de ônibus ele seria, menos padre mesmo sendo uma carreira bonita não era para ele essa vocação.

Bentinho começou a se encontrar às escondidas com Capitu correndo até o perigo de serem vistos juntos se beijando.

Sua mãe já estava decidia que Bentinho iria entrar para o seminário com o padre Cabral e que ele iria ver a família aos sábados como também nos feriados. Então estava decidido ele iria para o seminário no primeiro ou no segundo mês do ano que vem e só faltavam três meses para ele ir para o seminário. Capitu ficou triste quando soube que ele iria ser padre e com mais medo sobre o fim do amor entre eles. Ainda faltava um tempo para eles se despedirem e eles já faziam juramento um para o outro que quando ele voltasse iriam se casar e por qualquer motivo de doença ou alguma coisa desse tipo ele voltaria a qualquer hora para realizarem o enlace custasse o que custasse.

Bentinho tentou junto com Capitu varias ideias de fuga para o jovem desaparecer do seminário; e uma delas seria pedir ao Imperador para falar para a mãe dele esquecer da Idéia do filho padre. Mais nunca deu certo. Falou com José Dias para convencer sua mãe, de pouco a pouco. Isso até alegrou José Dias que viajaria com Bentinho para a Europa para estudar nas melhores escolas do mundo. Mas tudo fora em vão, ele teve que ir logo para o seminário.

Meses depois, já no seminário de S. José. O padre Cabral falou que se dentro de dois anos ele não o convencesse sobre sua vocação poderia escolher outra profissão.

Todos que estavam de acordo com que ele fosse para o seminário agradeceram ao padre em ter convencido Bentinho, e que qualquer problema estava a disposição. Bentinho foi para o seminário. Mas havia ressentimento de arrependimento. Ele só estava pensando em sair de lá. Porém passou-se alguns meses e ele queria fugir de lá antes de completar o prazo do Padre Cabral. Estava louco para ir para casa até que arranjou um sábado ideal para ele ir até sua casa.

Capitu estava mesmo apaixonada por Bentinho e seus planos era esperar ele sair do seminário para se casar. Bentinho estava preocupado porque foram buscar ele no seminário e ele logo pensou que seria alguma coisa de ruim e não deu outra, sua mãe ficou doente e estava por um fio entre a vida e a morte, e para Bentinho isso era péssimo porque era sua mãe, mas por outro lado era bom que com a morte da mãe ele sairia do seminário, no entanto iria ficar cheio de remorso. Mas até ai correu tudo bem sua mãe acabou melhorando.

Bentinho conheceu Escobar, um amigo que encontrou no seminário e era o único que ele podia contar seus segredos, fora Capitu que estava apaixonada por ele mas vivia longe do mesmo.

Bentinho não suportava mais ficar no seminário. Deveras precisava sair dali de qualquer jeito e estava quase impossível ficar só pensando em Capitu e as coisas que puderia fazer lá fora.

Bentinho foi para casa e perguntou onde estava Capitu. A mãe falou que ela tinha ido dormir na casa de Sinházinha Sancha Gurgel que era sua amiga e morava na rua dos Inválidos. A Prima Justina insinuou que ela fora lá para namorar. Bentinho ficou louco de ciúmes. Viu que Capitu estava demorando e esperou até às onze horas e correu para à rua dos Inválidos. Quando lá chegou viu o velho Gurgel preocupado com o estado de saúde de sua filha Sancha. Entrando viu Capitu cuidando da febre de Sancha. O velho Gurgel até comentou como Capitu parecia com sua falecida mulher e como ela ainda seria uma boa mãe. Vendo que Capitu não estava flertando com outros garotos, Bentinho ficou mais sossegado.

Assim foi passando o tempo, com intermináveis semanas no seminário e com fins de semana de descanso em sua casa. Escobar foi até a casa de Bentinho algumas vezes.

Teve um momento que Bentinho não aguentou e conversou com Capitu sobre fugir do seminário. Com ideias de mandar José Dias até o papa para cancelar a promessa. Mas Capitu acabou com essa ideia. E mandou que ele pensasse bem antes de cometer qualquer loucura.

Nesse ínterim Bentinho foi pedir a opinião de Escobar sobre a ideia do mensageiro ir até o papa fazer o pedido pessoalmente. Então Escobar teve a grande ideia que conseguiu tirar Bentinho do seminário. A Ideia que Escobar teve foi levar a promessa ao pé da letra "Se Tiver um filho, farei um padre", na promessa diz que "fará um padre", não especificando que seria seu filho.

Esse argumento serviu para Dona Glória, que pegou um órfão para ordená-lo padre. Assim depois de um tempo ambos saíram do seminário.

O livro passa por uma época que nada de importante acontece e vai logo depois para o casamento de Bentinho + Capitu e Escobar + Sancha Gurgel.

O tempo passou e todos estavam relativamente felizes. Bentinho se formou em Direito e Escobar estava no ramo do comércio. Tempo depois Escobar teve uma filha que batizou de Capitu.

Depois de muitas tentativas falhas, Capitu e Bentinho, não conseguiram ter um filho. Capitu até chamou Escobar para acertar as contas para que se logo tivesse o filho já teriam tudo pronto.

Meses depois conseguiram finalmente ter um filho que respectivamente o chamaram de Ezequiel que era o primeiro nome de Escobar, como se fosse uma homenagem trocada. Depois disso com laço de união das famílias, até planejavam uma viagem para a Europa, com as duas famílias.

Mas no dia seguinte em uma trágica manhã, Bentinho sentou-se na sua sala para estudar os processos que usaria no seu trabalho notou a fotografia de Escobar que tinha em casa e notou uma estranha semelhança entre Escobar e seu filho, mais foi interrompido quando um escravo bateu na porta e deu a notícia que Escobar teria morrido afogado na praia. Assim Bentinho esqueceu sua desconfiança e foi ver o corpo do amigo na praia.

Logo ocorreu o enterro, Bentinho fez até um discurso sobre o morto, e ficou tão bom que queriam publica-lo. Todavia a sua dúvida continuava a perturbá-lo sobre a semelhança entre o falecido e seu filho.

O tempo passou e sua desconfiança foi aumentando. Depois de fazer alguns cálculos de tempo, teve quase certeza daqueles encontros de Escobar e Capitu quando eles tinham que fazer aquelas contas. E também porque as semelhanças também estavam aumentando.

O sentimento de traição era horrível e Bentinho até tentou se suicidar, mais notou que apesar de Ezequiel ser um filho “bastardo”, lembrou que havia ainda o sentimento amoroso entre pai e filho. Isso fez Bentinho esquecer da tentativa de suicídio e partir para uma separação amigável com Capitu.

Viajou com sua família para a Suíça, voltando depois, deixando-os lá para que o filho tivesse boa educação. Assim, depois de um bom tempo Capitu morreu e Ezequiel voltou para contar as novidades para o pai.

Assim Ezequiel voltou já grande e formado em arqueologia, agora idêntico a Escobar. Contou que sua mãe foi enterrada na Suíça e que ele já estava de partida para o Oriente Médio para fazer um estudo sobre as pirâmides.

Algum tempo depois recebeu a notícia que Ezequiel morrera de febre tifóide e foi enterrado em terreno sagrado.

Acabando aí, o autor enfatiza a idéia que seu conto não passo de uma História de Subúrbio. Coisas que acontecem todo dia, que faz parte do cotidiano da humanidade.



Dom Casmurro - Machado de Assis

O enredo

Bentinho, chamado de Dom Casmurro por um rapaz de seu bairro, decide atar as duas pontas de sua vida . A partir daí, inicia a contar sua história ( importante salientar esse detalhe !!!! É Bentinho que nos narra sua vida).

Morando em Matacavalos com sua mãe ( D. Glória, viúva ), José Dias (o agregado), Tio Cosme ( advogado e viúvo) e prima Justina ( viúva ), Bentinho possuía uma vizinha que conviveu como "irmã-namorada" dele , Capitolina - a Capitu . Seu projeto de vida era claro, sua mãe havia feito uma promessa, em que Bentinho iria para um seminário e tornaria-se um padre . Cumprindo a promessa Bentinho vai para o seminário, mas sempre desejando sair, pois tornando-se padre não poderia casar com Capitu. José Dias, que sempre foi contra ao namoro dos dois, é quem consegue retirar Bentinho do seminário, quase convencendo D. Glória que o jovem deveria ir estudar no exterior, José Dias era fascinado por direito e pelos estudos no exterior. Quando retorna dos estudos, Bentinho consegue casar com Capitu e desde os tempos de seminário havia fundamentado amizade com Escobar que agora estava casado e sempre foi o amigo íntimo do casal. Nasce o filho de Capitu, Ezequiel. Escobar, o amigo íntimo, falece e durante o seu velório Bentinho percebe que Capitu não chorava, mas aguçava um sentimento fortíssimo. A partir desse momento começa o drama de Bentinho. Ele percebe que o seu filho ( ? ) era a cara de Escobar e ele já havia encontrado, às vezes, Capitu e Escobar sozinhos em sua casa. Embora confiasse no amigo, que era casado e tinha até filha, o desespero de Bentinho é imenso. Vão para Europa e Bentinho depois de um tempo volta para o Brasil . Capitu escreve-lhe cartas, a essas altura, a mãe de Bentinho já havia morrido, assim como José Dias. Ezequiel um dia vem visitar o pai e conta da morte da mãe. Pouco tempo depois, Ezequiel também morre, mas a única coisa que não morre no romance é BENTINHO E SUA DÚVIDA .



Comentário "Analisatório" :



OS OLHOS OBLÍQUOS E DISSIMULADOS de Capitu demonstram as duas pontas da história da vida de Bentinho: seu primeiro beijo na amada ocorre mediante a percepção daqueles belíssimos olhos de ressaca e seu drama é, justamente, a percepção no velório dos mesmos olhos de Capitu. A infância coligada com Capitu também contribui para a afirmação de Bentinho, pois ela sempre esteve com o espírito de dissimulação que deixava-o abismado nos momentos que ela conseguia enganar o próprio pai , o velho Pádua.

Dom Casmurro é um livro complexo e cada leitura origina uma nova interpretação. Segundo Fábio Lucas, prefacionista de uma das edições de Dom Casmurro: "É a triangulação ideal que traduz a certeza de uma consciência conturbada , a de Bentinho (cujo o nome - Bento Santiago - SANTO representa BEM e IAGO no drama OTHELLO é a consciência perversa, ou seja, a fusão entra o bem e o mal), e resulta, para o destinatário de seu discurso mesclado de objetividade e de ressentimento (subjetivismo), numa ambigüidade insolúvel".

Machado de Assis faz em Dom Casmurro um fato inacreditável em sua narrativa: Ele cria um narrador que afirma algo (ou seja, diz que foi traído) e o leitor não consegue decidir-se se ele está mentindo ou não. E aquela famosa pergunta que é a trilogia do romance, não só entre os brasileiros, mas também como os estudiosos do livro de outros países: TERIA SIDO CAPITU CULPADA DE ADULTÉRIO?

Talvez Machado de Assis não tenha revelado o problema porque não saberia respondê-lo!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Bolo de Milho Verde

Bolo de Milho Verde por Gelza Reis Cristo


Mais de 143 receitas da gelza. Mande e mail para cristogelza@gmail.com e encontre-o pelo preço de custo
Ingredientes:

4 espigas de milho verde e mole

100g de manteiga

4 ovos

inteiros

2 xícaras de chá de farinha de trigo

2 xícaras de chá de açúcar

1 colher de sopa de fermento

1 pitada de sal



Modo de fazer:



Lave bem o milho, retire todos os cabelos e corte rente todos os caroços com uma faca grande. Leve em duas porções no liquidificador e bata até virar uma massa homogênea. Por isso é que o milho precisa ser verdinho. Separe num recipiente. Passe na peneira a farinha e o fermento e deixe numa bacia grande. Untar e polvilhar uma forma de orifício no centro. Tamanho padrão. Bata no liquidificador os ovos, o sal, a manteiga, o açúcar e despeje esta e o milho na bacia da farinha e misture bem com uma colher de pau. Asse até o ponto do palito e que fique dourada a massa.

__Tem gosto de pamonha!

Patê de Blanquet de Peru

Patê de Blanquet de Peru


Ingredientes:


200g de blanquet de peru

200g de ricota

1 cebola grande

1 pimentão vermelho grande

2 dentes de alho

3 colheres de sopa de azeite

4 tomates maduros sem pele e sem sementes

1 colher de chá de sal

1 colher de chá de pimenta calabresa seca



Ralar no máster a cebola, o pimentão, os tomates e o alho. Deixe ficar como uma pasta. Leve ao fogo com o azeite e deixe secar até não restar mais água dos temperos. Deixe esfriar completamente. Passe o blanquet com a ricota no máster e misture com esta pasta. Sirva no pão de forma (sanduíche) ou nas torradas.

Gelza, a culinarista é a autora da receita

Ensinar é como plantar

Educação Século XXI


Ensinar é como plantar

O planejamento é essencial nas minhas práticas pedagógicas. Planejo porque preciso refletir sobre a minha prática. Para cada escola temos uma comunidade, para cada ano temos uma diversidade de comportamento. E assim o docente é tão flexível quanto a LDB.

A Proposta Curricular do Estado de São Paulo veio para mudar e apagar de vez todos os vestígios da escrita automática.

Gramática, Literatura e texto são três objetos inseparáveis no processo ensinoaprendizagem. É assim que eu os vejo. Mas se devo priorizar um deles, certamente é o texto o centro das minhas aulas. Os textos pertencem a diferentes categorias e gêneros textuais. Portanto eles são o centro da minha aula de Língua Portuguesa.

Incentivar a pesquisa que é uma constante nas páginas de nossos cadernos. Buscamos em jornais, revistas que através de notícias e propagandas são ricos para fundamentar conhecimentos e valores.

Na área de entretenimento, dentro das condições da nossa escola, levamos nossos alunos para assistir a um filme (mãos talentosas), de modo interdisciplinar. São vários professores de áreas distintas que num esforço coletivo realizamos pequenos projetos. Depois do filme os alunos fizeram uma produção textual e no caso desse filme propus um texto de ficção onde cada discente deveria usar a sua imaginação para construir o enredo.

“Professora, inventar tudo é difícil?”

Nesse momento o professor deve falar das estratégias usadas por um bom ficcionista: sempre há um pouco do autor, e do seu currículo oculto. Quantas vezes lembramos dos saberes internos dos alunos nas nossas aulas!

No processo de avaliação contínua tomamos algumas decisões pedagógicas que não se restringem as práticas do dia a dia. Falo do acompanhamento individual. No entanto, se o problema é de cunho social fica difícil qualquer ação do docente.

Quando trabalho com a gramática faço uso de um texto expositivo que não seja extenso. Proponho a divisão dos períodos, destacamos o sujeito e o verbo. Finalmente fazemos a separação das orações e daí a classificação da oração principal a subordinada. Tudo com perguntas sobre as classes gramaticais.

Considerando que tenho uma 7ª série e trabalhe com a mesma os eixos (tipologias e gêneros textuais) no terceiro e quarto bimestre com o conteúdo teremos textos, discurso e história, orais, escritos, verbais e não verbais (leitura, escrita, fala e escuta). O apego à escrita me leva a refazer minhas práticas pedagógicas, principalmente por causa da diversidade cultural e social. Por mais que o professor explique há sempre uma voz:

“Não entendi nada”.

Se o aluno tem visão de si mesmo várias ações devem ser voltadas para ele. Todos têm o direito de aprender. Vamos encaminhá-lo para a recuperação paralela.

Foi no confronto com a prática que mais aprendi.

Quanto à origem da prática pelo ensinoaprendizagem?

Na minha adolescência fundei uma escola para alfabetizar jovens da minha região. Todos tinham a idade da professora ou mais.



Turma de alunos da E. E. Profº Luiz D'Aurea

Gelza conquista depois dos 40 anos o diploma de Licenciatura em LETRAS pela UNISANTOS (Universidade Católica de Santos)