segunda-feira, 7 de março de 2011

Língua Portuguesa - Avanços e Práticas pedagógicas

Os avanços e às Práticas do Português -

Por Gelza Reis Cristo

Tema: “Ensino de Português: origens das práticas e necessidades dos alunos hoje”

Quando elaboramos (eu e meus colegas) o Projeto Político Pedagógico de nossa escola a direção pede um pré-projeto a cada bimestre. Mas na sala de aula, na prática, as ações por muitas vezes são diferentes da teoria. Por isso planejar o dia seguinte é de fundamental importância. Reflito sobre as minhas práticas porque cada série tem um perfil, e a comunidade é pura diversidade.
Com a adoção dos cadernos do Estado tivemos que interagir mais com o discente e trabalhar na maioria das vezes individualmente cada aluno porque eles têm ritmos distintos. A interação completa acontece quando passamos um filme (vídeo) ou levamos todos para a sala de informática, biblioteca e uma vez por mês um trabalho em grupo de maior amplitude.
Quando trabalho com a gramática faço uso de um texto expositivo pequeno, e proponho a divisão por parágrafos, depois os períodos com os seus respectivos complementos (fundamental II). E para o Ensino Médio; trabalho coesão e coerência, figuras de linguagem, a semântica do texto. Não existe mais aula somente de gramática. Tudo isso dentro dos gêneros textuais.
Comentar sobre o Fórum é complicado porque li muito para colher as mesmas opiniões: competência leitora, contextualização, interpretação, interação com a classe etc. Nesse primeiro momento diria que a discussão fugiu das perguntas uns 80% mais ou menos. No próximo Fórum quero poder ler menos e aprender mais.
Gostaria de encontrar uma palavra para falar sobre o texto de MARCUSCHI. Fenomenal! Depois da leitura e da análise do texto me senti numa segunda faculdade. E hoje posso aproveitar mais porque estou dentro da sala de aula. É um estudo de RAZZINI e outros. Lembramos da década de setenta dos textos literários e clássicos, do nosso livro de Comunicação e Expressão. Havia um contexto político, uma explosão de comunicação de massa junto com a tecnologia. Havia um país industrializado.
No entanto o que pudemos perceber neste artigo foi os vários exemplos de metodologia, lições prontas que podemos aplicar em sala de aula apenas fazendo retoques dentro do ensino atual.
Atualmente estamos mergulhados no universo das novas tecnologias, da nova cara da sociedade: famílias desestruturadas; mães que trabalham e sequer comparecem as reuniões, pais ausentes. A impressão que temos é que estamos sozinhos para educar crianças e adolescentes. A liberdade excessiva; as compensações de ausência, a progressão continuada; as classes de aceleração, o código de adolescentes. Tudo isso para tão pouco aproveitamento. A Lei do mínimo esforço.
Sobre os estudos teóricos iremos abordar o texto de Razzini sobre a história da Língua Portuguesa no Brasil desde o século XIX; ou seja, a sua origem.
São diferentes fases do Ensino Secundário no nosso País até 1940. E temos como escola modelo o Colégio Pedro II. Tudo iniciava neste colégio: legislação vigente da carga horária das disciplinas, dos livros didáticos e principalmente dos exames preparatórios para o ingresso no curso superior que era para poucos. Sabemos que esses exames foram substituídos pelos vestibulares e exames nacionais que hoje estão na moda como o ENEM por exemplo.
Segundo as pesquisas nas áreas de Letras, Lingüística, e Psicologia, que não são poucas tomando como fundamento o artigo de Dominique Júlia. E nele constatamos mais uma confirmação de que a cultura escolar é um conjunto de normas e práticas pedagógicas. Há uma transmissão como também uma incorporação desses comportamentos.
Mas o que interessa discutirmos aqui já que o artigo é grandioso?
O livro didático é a maior fonte da História da Educação. É a imagem da escola e da “sociedade que o escreve”. Ele é o suporte. Razzini faz citação (ESCOLANO, 2001, p.172-3).
Em vista da complexidade dos conteúdos teóricos que analisam o tempo das mudanças do século XIX (primeira metade) e até a Lei 5.692, de 1971 vimos que até 1920 não havia universidade. Esta foi criada no Rio de Janeiro e feita a junção com Medicina e Direito como também Engenharia da Politécnica. Afirma RAZZINI nas suas pesquisas.
É importante ressaltar que havia esses cursos sem a disciplina de Língua Portuguesa porque às seis cadeiras existentes eram de Latim em prosa e verso; Retórica etc. (RAZZINI, p.5). Nessa época os cursos superiores eram destinados aos homens, sendo que as mulheres só começaram a serem aceitas em 1880 (Escragnolle Doria).
Os estudos mostram que a nossa Língua Portuguesa era inferior ao Latim até 1869, pois nessa época nem havia exames da Língua Materna. Há uma História de sucesso e avanços nessa disciplina mãe; principalmente depois do sumiço da Retórica e da Poética no Colégio Pedro II a partir de 1890. Neste artigo já citado estudamos várias fases desse desenvolvimento e foi na quarta fase que houve a exclusão dos Exames Preparatórios, em 1931, com a Reforma Francisco Campos. Esta se estendeu até 1942, quando a Literatura começa a fazer parte do currículo de Língua Portuguesa.
Ao Português ficou a influência da Retórica, o avanço da Gramática, a invenção da Antologia Nacional do Colégio Pedro II que recebeu a correção deste exemplar dos ilustres escritores da época Joaquim Manuel de Macedo, José de Alencar, Fagundes Varela e Casimiro de Abreu.
Verdadeiramente a Lei 5.692 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1971, decretou a falência do modelo longevo como afirma (RAZZINI, p.20) do artigo em estudo.

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