Neste espaço virtual você encontrará tudo sobre a Arte, Ensino, culinária inédita, curiosidades, literatura Brasileira e mundial; bem como variedades em pesquisas
terça-feira, 15 de março de 2016
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
A COZINHEIRA NÔMADE DE GELZA REIS CRISTO
A FALA DO LEITOR
Bem, ontem eu fiz uma receita do delicioso livro A
Cozinheira Nomade. Já leram? É bárbaro. A autora tem pique, euforia. Embora
muitas vezes seja apressada, coisa que entendo bem:-) Ontem, eu peguei a
receita da torta de microondas que está no livro. Sim, é um romance mas é um livro
de receitas recheado de um romance, a história da moça que foge de Aracaju ,
passando por Salvador, chegando em Santos e.. Ah, não vou contar não! Vale a
pena um livro nacional com aquele vocabulário musical do nordeste. MUUUITAS
receitas. E a que fiz ontem mais ou menos, sim pois mudei tudo, é da torta de
microondas. Ela fala em 3 ovos (pronto, já virou um só), meia xíc de óleo (
virou uma colher cheia de azeite) queijo ralado, farinha, fermento, um tico de
leite. Bater tudo no liquidificador. Untar uma forma de vidro alta, colocar
farinha de rosca. Derramar parte da massa, um tanto do recheio que quiser, e o
resto da massa. Segundo a autora, em potencia alta 9 minutos. Depois, mais uns
4 para dourar.
Bem, eu fiz só um pouquinho, e o recheio foi queijo de
minas, achei que ficaria como um suflê de queijo, mas não, ficou crocante,
muito gostoso! E simplérrimo! Como a receita foi pequena, deixei 6 minutos.
Booom!!!
Hoje, gelado , está uma delícia!!!!!!!!!!!!!!!!!
Hoje, gelado , está uma delícia!!!!!!!!!!!!!!!!!
terça-feira, 2 de fevereiro de 2016
domingo, 31 de janeiro de 2016
Análise da POÉTICA de Manuel Bandeira por Gelza CRISTO
CRÉDITO FOTOGRÁFICO DE RONICLAY Paripiranga-BA
POÉTICA DE MANUEL BANDEIRA
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e
[manifestações de apreço ao Sr. Diretor
Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário
o cunho vernáculo
[de um vocábulo
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si
mesmo.
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de cognome. -senos secretário do
amante exemplar com
[cem modelos e cartas e as diferentes
[maneiras de agradar as mulheres, etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare
_ Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
Manuel Bandeira viveu para a literatura e a sua inspiração
veio do seu próprio drama familiar, pois ainda jovem perdeu o pai, a mãe e a
irmã. Foi acometido de tuberculose aos dezessete anos e viajou para um
sanatório suíço em busca de tratamento.
ANÁLISE LITERÁRIA por Gelza Reis Cristo
No poema, Poética destacamos a poesia em prosa, os versos
brancos e livres, o sumiço dos sinais de pontuação. Estas características estão
explícitas claramente no terceiro verso.
Ausente de sequência linear. No entanto podemos pensar em dois momentos:
no primeiro vem à negação em que o sujeito poético rejeita o lirismo passadista
e apresenta suas características. Contém a emoção no “lirismo comedido”;
“lirismo bem-comportado” e o comportamento exemplar do funcionário público.
O poeta defende o lirismo dos loucos e dos palhaços:
marginais, antiburguês, nada convencional. Ao usar o travessão no final do
poema o eu-lírico assina a sua negação em favor da liberdade das formas.
A primeira (1ª fase) explosão literária dos poetas
modernistas ocorreu pós Semana de 22 até 1930. Foi nesse período que BANDEIRA
produziu a sua obra mais expressiva, Libertinagem.
Esta seria a que melhor representou o momento efervescente do Modernismo
Brasileiro. O poema Poética revela o
desejo de liberdade, o espírito mutante dessa geração que desejava anular o
passado parnasiano repleto de regras, estrutura perfeita e excessivamente
pontuada era uma luta de todos os poetas e criadores da arte em todos os
ofícios da criação febril daquele movimento modernista;
Naquele momento a luta era pela ruptura da estrutura
métrica, rima, e pontuação como também o uso abusivo de adjetivos e
advérbios. A negação da poesia
parnasiana gerava a busca pela originalidade, o desejo de novas formas para a
libertação do criador que necessitava de asas para a valorização do eu-lírico;
Há algo mais comportado e repetitivo que as ações do
cotidiano de uma repartição pública? Abre livro, fecha livro e tudo é
protocolo. Da mesma forma nascia o poema do parnaso que repudiava:
A estrofe da caixa de fósforos no soneto
O vômito das vogais iguais repetitivas
A aliteração do R nas raras rimas ricas
O som do vento, a canção perfeita e
a claridade da lua nas estrelas de BILAC.
O mistério das palavras no mestre da estética Alberto de
Oliveira.
sábado, 30 de janeiro de 2016
LAMPIÃO E CONSELHEIRO SE ENCONTRAM EM LIVRO
Lampião e Conselheiro se reencontram em livro
Baiana de Adustina, Gelza Reis Cristo, é formada em Letras pela Universidade Católica de Santos. No momento
pós-graduanda em Língua Portuguesa pela UNICAMP (Universidade de
Campinas). Há 37 anos ela reside em São Vicente SP onde leciona na rede
estadual de ensino.
Além de professora é culinarista, poeta e declamadora, e escritora.
Depois de três livros, alem da participação em onze antologias, ela lançou no último final de semana em Lagarto o seu primeiro estudo sobre o cangaço intitulado "Lampião é filho do Santo Conselheiro - Cangaceirismo e misticismo", pela editora All Print.
A pesquisa
Estudando "Cangaceiros", obra de José Lins do Rego, ela descobriu na personagem Aparício a identidade e a geografia de Lampião. Posteriormente lendo "Os Sertões" de Euclides da Cunha, descobre a geografia de Antônio Conselheiro.
"Uma mesma região, uma mesma gente inculta, necessitada de um líder, pois o governo estava distante de todos eles. Assim como o Conselheiro convenceu a sua comunidade de que eles poderiam viver sem a ajuda do governo, Lampião seguiu esse mesmo preceito", introduz a autora.
Relação histórica
"O padre Frederico Bezerra Maciel, em sua obra ´Lampião seu tempo e seu reinado´ já havia sugerido uma hiperligação entre as duas personagens do meu livro. Segundo a pesquisa, Antonio Conselheiro disse para um dos seus seguidores ´Dentro de 50 anos haverá de surgir no Sertão um homem que apesar de religioso será cangaceiro e dará muito trabalho aos governos´ ele estaria profetizando o surgimento de Lampião. Conjectura ou não é um dado interessante para a reunião destes dois mitos nordestinos", afirma Gelza.
É evidente que ambos pisaram o mesmo chão, palmilharam os cantos mais ermos do sertão seco e até mesmo florido, eram declarados inimigos públicos e enfrentaram as forças do governo cada um na sua proporção.
Corredor de cangaceiros
A intenção de Gelza não é só de reunir os dois ícones históricos, mas de resgatar sua Adustina como um corredor de cangaceiros e trazê-la de volta para as biografias do tema.
Povoado Quixabeira de Adustina ou como era denominada na época do cangaço, Patrocínio do Coité, 2 de Julho de 1927. (Acervo Kiko Monteiro).
"Como naquela época Adustina, ou melhor "Patrocínio do Coité" era um povoado de Paripiranga, até hoje muitos autores se esquecem de atualizar a geografia de seus capítulos. Conheci e conversei com algumas pessoas da minha terra sobre as andanças de cangaceiros pelas matas de Adustina. Em 2013 visitei a Serra do Capitão, ouvi estórias sobre coitos e até Botijas, inclusive um dos moradores exibiu no pescoço uma corrente que teria pertencido a um cangaceiro e foi descoberta em uma destas botijas. Enfim, a única coisa que se pode comprovar é o coito como um dos esconderijos destes homens e mulheres no passado", disse Gelza.
O avô da autora, Augustinho Gregório dos Reis, morava no pé da na serra do capitão. Certa vez um subgrupo chegou até a casa dele e pacificamente pediu que fizessem comida para a cabroeira porque eles pretendiam arranchar por umas horas naquela localidade. Após a passagem dos cabras Augustinho resolveu que ali não era mais seguro, pois ele tinha várias filhas moças e temia que algum cangaceiro botasse o olho e raptasse uma delas.
De acordo com as memórias dos antepassados da autora o líder cangaceiro que mais andou na região era Corisco.
Adustina vista do alto da Serra do Capitão (Fonte: Adustina 24hs)
"Encontramos a "Ponta da Serra" antiga denominação da Serra do Capitão em um dos capítulos do livro de Estácio de Lima, "O mundo estranho dos Cangaceiros". Na ocasião houve uma baixa no grupo e eles estavam esperando o líder do grupo que havia ido a Paripiranga pegar provimentos, para então poder enterrar o companheiro".
A Serra do capitão é tema de um dos versos de cordel que Gelza canta em suas apresentações para promoção do livro.
"Em um jornal da Bahia
O povo lia com atenção,
Lampião ta escondido
No serrado do Sertão.
E a policia não sabia
Da Serra do Capitão.
A milícia passou perto
E fugiu na contramão.
O medo da Jaguaruna
Fez o macaco correr.
Cangaceiro aqui não ta
pois tem medo de morrer.
Olê muié rendeira,
Olê muié rendá...
O livro contém um breve depoimento de Raimundo Matos, um morador de Adustina que afirma ter feito parte da volante do nazareno Odilon Flor, quando este perseguiu os cangaceiros pelo sertão baiano. Raimundo contava na época com apenas 16 anos.
Nº de páginas: 206
Valor: R$ 45 com frete incluso,
Os pedidos devem ser feitos pelo email cristogelza@gmail.com ou pelo aplicativo WhatsApp cotato: (13) 99751- 7293
Conheça outros trabalhos da autora acessando seu blog pessoal Clique aqui
Além de professora é culinarista, poeta e declamadora, e escritora.
Depois de três livros, alem da participação em onze antologias, ela lançou no último final de semana em Lagarto o seu primeiro estudo sobre o cangaço intitulado "Lampião é filho do Santo Conselheiro - Cangaceirismo e misticismo", pela editora All Print.
A pesquisa
Estudando "Cangaceiros", obra de José Lins do Rego, ela descobriu na personagem Aparício a identidade e a geografia de Lampião. Posteriormente lendo "Os Sertões" de Euclides da Cunha, descobre a geografia de Antônio Conselheiro.
"Uma mesma região, uma mesma gente inculta, necessitada de um líder, pois o governo estava distante de todos eles. Assim como o Conselheiro convenceu a sua comunidade de que eles poderiam viver sem a ajuda do governo, Lampião seguiu esse mesmo preceito", introduz a autora.
Relação histórica
"O padre Frederico Bezerra Maciel, em sua obra ´Lampião seu tempo e seu reinado´ já havia sugerido uma hiperligação entre as duas personagens do meu livro. Segundo a pesquisa, Antonio Conselheiro disse para um dos seus seguidores ´Dentro de 50 anos haverá de surgir no Sertão um homem que apesar de religioso será cangaceiro e dará muito trabalho aos governos´ ele estaria profetizando o surgimento de Lampião. Conjectura ou não é um dado interessante para a reunião destes dois mitos nordestinos", afirma Gelza.
É evidente que ambos pisaram o mesmo chão, palmilharam os cantos mais ermos do sertão seco e até mesmo florido, eram declarados inimigos públicos e enfrentaram as forças do governo cada um na sua proporção.
Corredor de cangaceiros
A intenção de Gelza não é só de reunir os dois ícones históricos, mas de resgatar sua Adustina como um corredor de cangaceiros e trazê-la de volta para as biografias do tema.
Povoado Quixabeira de Adustina ou como era denominada na época do cangaço, Patrocínio do Coité, 2 de Julho de 1927. (Acervo Kiko Monteiro).
"Como naquela época Adustina, ou melhor "Patrocínio do Coité" era um povoado de Paripiranga, até hoje muitos autores se esquecem de atualizar a geografia de seus capítulos. Conheci e conversei com algumas pessoas da minha terra sobre as andanças de cangaceiros pelas matas de Adustina. Em 2013 visitei a Serra do Capitão, ouvi estórias sobre coitos e até Botijas, inclusive um dos moradores exibiu no pescoço uma corrente que teria pertencido a um cangaceiro e foi descoberta em uma destas botijas. Enfim, a única coisa que se pode comprovar é o coito como um dos esconderijos destes homens e mulheres no passado", disse Gelza.
O avô da autora, Augustinho Gregório dos Reis, morava no pé da na serra do capitão. Certa vez um subgrupo chegou até a casa dele e pacificamente pediu que fizessem comida para a cabroeira porque eles pretendiam arranchar por umas horas naquela localidade. Após a passagem dos cabras Augustinho resolveu que ali não era mais seguro, pois ele tinha várias filhas moças e temia que algum cangaceiro botasse o olho e raptasse uma delas.
De acordo com as memórias dos antepassados da autora o líder cangaceiro que mais andou na região era Corisco.
Adustina vista do alto da Serra do Capitão (Fonte: Adustina 24hs)
"Encontramos a "Ponta da Serra" antiga denominação da Serra do Capitão em um dos capítulos do livro de Estácio de Lima, "O mundo estranho dos Cangaceiros". Na ocasião houve uma baixa no grupo e eles estavam esperando o líder do grupo que havia ido a Paripiranga pegar provimentos, para então poder enterrar o companheiro".
A Serra do capitão é tema de um dos versos de cordel que Gelza canta em suas apresentações para promoção do livro.
"Em um jornal da Bahia
O povo lia com atenção,
Lampião ta escondido
No serrado do Sertão.
E a policia não sabia
Da Serra do Capitão.
A milícia passou perto
E fugiu na contramão.
O medo da Jaguaruna
Fez o macaco correr.
Cangaceiro aqui não ta
pois tem medo de morrer.
Olê muié rendeira,
Olê muié rendá...
O livro contém um breve depoimento de Raimundo Matos, um morador de Adustina que afirma ter feito parte da volante do nazareno Odilon Flor, quando este perseguiu os cangaceiros pelo sertão baiano. Raimundo contava na época com apenas 16 anos.
Serviço
"Lampião é filho do Santo Conselheiro - Cangaceirismo e misticismo", All Print São Paulo 2016.Nº de páginas: 206
Valor: R$ 45 com frete incluso,
Os pedidos devem ser feitos pelo email cristogelza@gmail.com ou pelo aplicativo WhatsApp cotato: (13) 99751- 7293
Conheça outros trabalhos da autora acessando seu blog pessoal Clique aqui
Lampião e Conselheiro se reencontram em livro
Baiana de Adustina, Gelza Reis Cristo, é formada em Letras pela Universidade Católica de Santos. No momento
pós-graduanda em Língua Portuguesa pela UNICAMP (Universidade de
Campinas). Há 37 anos ela reside em São Vicente SP onde leciona na rede
estadual de ensino.
Além de professora é culinarista, poeta e declamadora, e escritora.
Depois de três livros, alem da participação em onze antologias, ela lançou no último final de semana em Lagarto o seu primeiro estudo sobre o cangaço intitulado "Lampião é filho do Santo Conselheiro - Cangaceirismo e misticismo", pela editora All Print.
A pesquisa
Estudando "Cangaceiros", obra de José Lins do Rego, ela descobriu na personagem Aparício a identidade e a geografia de Lampião. Posteriormente lendo "Os Sertões" de Euclides da Cunha, descobre a geografia de Antônio Conselheiro.
"Uma mesma região, uma mesma gente inculta, necessitada de um líder, pois o governo estava distante de todos eles. Assim como o Conselheiro convenceu a sua comunidade de que eles poderiam viver sem a ajuda do governo, Lampião seguiu esse mesmo preceito", introduz a autora.
Relação histórica
"O padre Frederico Bezerra Maciel, em sua obra ´Lampião seu tempo e seu reinado´ já havia sugerido uma hiperligação entre as duas personagens do meu livro. Segundo a pesquisa, Antonio Conselheiro disse para um dos seus seguidores ´Dentro de 50 anos haverá de surgir no Sertão um homem que apesar de religioso será cangaceiro e dará muito trabalho aos governos´ ele estaria profetizando o surgimento de Lampião. Conjectura ou não é um dado interessante para a reunião destes dois mitos nordestinos", afirma Gelza.
É evidente que ambos pisaram o mesmo chão, palmilharam os cantos mais ermos do sertão seco e até mesmo florido, eram declarados inimigos públicos e enfrentaram as forças do governo cada um na sua proporção.
Corredor de cangaceiros
A intenção de Gelza não é só de reunir os dois ícones históricos, mas de resgatar sua Adustina como um corredor de cangaceiros e trazê-la de volta para as biografias do tema.
Povoado Quixabeira de Adustina ou como era denominada na época do cangaço, Patrocínio do Coité, 2 de Julho de 1927. (Acervo Kiko Monteiro).
"Como naquela época Adustina, ou melhor "Patrocínio do Coité" era um povoado de Paripiranga, até hoje muitos autores se esquecem de atualizar a geografia de seus capítulos. Conheci e conversei com algumas pessoas da minha terra sobre as andanças de cangaceiros pelas matas de Adustina. Em 2013 visitei a Serra do Capitão, ouvi estórias sobre coitos e até Botijas, inclusive um dos moradores exibiu no pescoço uma corrente que teria pertencido a um cangaceiro e foi descoberta em uma destas botijas. Enfim, a única coisa que se pode comprovar é o coito como um dos esconderijos destes homens e mulheres no passado", disse Gelza.
O avô da autora, Augustinho Gregório dos Reis, morava no pé da na serra do capitão. Certa vez um subgrupo chegou até a casa dele e pacificamente pediu que fizessem comida para a cabroeira porque eles pretendiam arranchar por umas horas naquela localidade. Após a passagem dos cabras Augustinho resolveu que ali não era mais seguro, pois ele tinha várias filhas moças e temia que algum cangaceiro botasse o olho e raptasse uma delas.
De acordo com as memórias dos antepassados da autora o líder cangaceiro que mais andou na região era Corisco.
Adustina vista do alto da Serra do Capitão (Fonte: Adustina 24hs)
"Encontramos a "Ponta da Serra" antiga denominação da Serra do Capitão em um dos capítulos do livro de Estácio de Lima, "O mundo estranho dos Cangaceiros". Na ocasião houve uma baixa no grupo e eles estavam esperando o líder do grupo que havia ido a Paripiranga pegar provimentos, para então poder enterrar o companheiro".
A Serra do capitão é tema de um dos versos de cordel que Gelza canta em suas apresentações para promoção do livro.
"Em um jornal da Bahia
O povo lia com atenção,
Lampião ta escondido
No serrado do Sertão.
E a policia não sabia
Da Serra do Capitão.
A milícia passou perto
E fugiu na contramão.
O medo da Jaguaruna
Fez o macaco correr.
Cangaceiro aqui não ta
pois tem medo de morrer.
Olê muié rendeira,
Olê muié rendá...
O livro contém um breve depoimento de Raimundo Matos, um morador de Adustina que afirma ter feito parte da volante do nazareno Odilon Flor, quando este perseguiu os cangaceiros pelo sertão baiano. Raimundo contava na época com apenas 16 anos.
Nº de páginas: 206
Valor: R$ 45 com frete incluso,
Os pedidos devem ser feitos pelo email cristogelza@gmail.com ou pelo aplicativo WhatsApp cotato: (13) 99751- 7293
Conheça outros trabalhos da autora acessando seu blog pessoal Clique aqui
Além de professora é culinarista, poeta e declamadora, e escritora.
Depois de três livros, alem da participação em onze antologias, ela lançou no último final de semana em Lagarto o seu primeiro estudo sobre o cangaço intitulado "Lampião é filho do Santo Conselheiro - Cangaceirismo e misticismo", pela editora All Print.
A pesquisa
Estudando "Cangaceiros", obra de José Lins do Rego, ela descobriu na personagem Aparício a identidade e a geografia de Lampião. Posteriormente lendo "Os Sertões" de Euclides da Cunha, descobre a geografia de Antônio Conselheiro.
"Uma mesma região, uma mesma gente inculta, necessitada de um líder, pois o governo estava distante de todos eles. Assim como o Conselheiro convenceu a sua comunidade de que eles poderiam viver sem a ajuda do governo, Lampião seguiu esse mesmo preceito", introduz a autora.
Relação histórica
"O padre Frederico Bezerra Maciel, em sua obra ´Lampião seu tempo e seu reinado´ já havia sugerido uma hiperligação entre as duas personagens do meu livro. Segundo a pesquisa, Antonio Conselheiro disse para um dos seus seguidores ´Dentro de 50 anos haverá de surgir no Sertão um homem que apesar de religioso será cangaceiro e dará muito trabalho aos governos´ ele estaria profetizando o surgimento de Lampião. Conjectura ou não é um dado interessante para a reunião destes dois mitos nordestinos", afirma Gelza.
É evidente que ambos pisaram o mesmo chão, palmilharam os cantos mais ermos do sertão seco e até mesmo florido, eram declarados inimigos públicos e enfrentaram as forças do governo cada um na sua proporção.
Corredor de cangaceiros
A intenção de Gelza não é só de reunir os dois ícones históricos, mas de resgatar sua Adustina como um corredor de cangaceiros e trazê-la de volta para as biografias do tema.
Povoado Quixabeira de Adustina ou como era denominada na época do cangaço, Patrocínio do Coité, 2 de Julho de 1927. (Acervo Kiko Monteiro).
"Como naquela época Adustina, ou melhor "Patrocínio do Coité" era um povoado de Paripiranga, até hoje muitos autores se esquecem de atualizar a geografia de seus capítulos. Conheci e conversei com algumas pessoas da minha terra sobre as andanças de cangaceiros pelas matas de Adustina. Em 2013 visitei a Serra do Capitão, ouvi estórias sobre coitos e até Botijas, inclusive um dos moradores exibiu no pescoço uma corrente que teria pertencido a um cangaceiro e foi descoberta em uma destas botijas. Enfim, a única coisa que se pode comprovar é o coito como um dos esconderijos destes homens e mulheres no passado", disse Gelza.
O avô da autora, Augustinho Gregório dos Reis, morava no pé da na serra do capitão. Certa vez um subgrupo chegou até a casa dele e pacificamente pediu que fizessem comida para a cabroeira porque eles pretendiam arranchar por umas horas naquela localidade. Após a passagem dos cabras Augustinho resolveu que ali não era mais seguro, pois ele tinha várias filhas moças e temia que algum cangaceiro botasse o olho e raptasse uma delas.
De acordo com as memórias dos antepassados da autora o líder cangaceiro que mais andou na região era Corisco.
Adustina vista do alto da Serra do Capitão (Fonte: Adustina 24hs)
"Encontramos a "Ponta da Serra" antiga denominação da Serra do Capitão em um dos capítulos do livro de Estácio de Lima, "O mundo estranho dos Cangaceiros". Na ocasião houve uma baixa no grupo e eles estavam esperando o líder do grupo que havia ido a Paripiranga pegar provimentos, para então poder enterrar o companheiro".
A Serra do capitão é tema de um dos versos de cordel que Gelza canta em suas apresentações para promoção do livro.
"Em um jornal da Bahia
O povo lia com atenção,
Lampião ta escondido
No serrado do Sertão.
E a policia não sabia
Da Serra do Capitão.
A milícia passou perto
E fugiu na contramão.
O medo da Jaguaruna
Fez o macaco correr.
Cangaceiro aqui não ta
pois tem medo de morrer.
Olê muié rendeira,
Olê muié rendá...
O livro contém um breve depoimento de Raimundo Matos, um morador de Adustina que afirma ter feito parte da volante do nazareno Odilon Flor, quando este perseguiu os cangaceiros pelo sertão baiano. Raimundo contava na época com apenas 16 anos.
Serviço
"Lampião é filho do Santo Conselheiro - Cangaceirismo e misticismo", All Print São Paulo 2016.Nº de páginas: 206
Valor: R$ 45 com frete incluso,
Os pedidos devem ser feitos pelo email cristogelza@gmail.com ou pelo aplicativo WhatsApp cotato: (13) 99751- 7293
Conheça outros trabalhos da autora acessando seu blog pessoal Clique aqui
Lampião e Conselheiro se reencontram em livro
Baiana de Adustina, Gelza Reis Cristo, é formada em Letras pela Universidade Católica de Santos. No momento
pós-graduanda em Língua Portuguesa pela UNICAMP (Universidade de
Campinas). Há 37 anos ela reside em São Vicente SP onde leciona na rede
estadual de ensino.
Além de professora é culinarista, poeta e declamadora, e escritora.
Depois de três livros, alem da participação em onze antologias, ela lançou no último final de semana em Lagarto o seu primeiro estudo sobre o cangaço intitulado "Lampião é filho do Santo Conselheiro - Cangaceirismo e misticismo", pela editora All Print.
A pesquisa
Estudando "Cangaceiros", obra de José Lins do Rego, ela descobriu na personagem Aparício a identidade e a geografia de Lampião. Posteriormente lendo "Os Sertões" de Euclides da Cunha, descobre a geografia de Antônio Conselheiro.
"Uma mesma região, uma mesma gente inculta, necessitada de um líder, pois o governo estava distante de todos eles. Assim como o Conselheiro convenceu a sua comunidade de que eles poderiam viver sem a ajuda do governo, Lampião seguiu esse mesmo preceito", introduz a autora.
Relação histórica
"O padre Frederico Bezerra Maciel, em sua obra ´Lampião seu tempo e seu reinado´ já havia sugerido uma hiperligação entre as duas personagens do meu livro. Segundo a pesquisa, Antonio Conselheiro disse para um dos seus seguidores ´Dentro de 50 anos haverá de surgir no Sertão um homem que apesar de religioso será cangaceiro e dará muito trabalho aos governos´ ele estaria profetizando o surgimento de Lampião. Conjectura ou não é um dado interessante para a reunião destes dois mitos nordestinos", afirma Gelza.
É evidente que ambos pisaram o mesmo chão, palmilharam os cantos mais ermos do sertão seco e até mesmo florido, eram declarados inimigos públicos e enfrentaram as forças do governo cada um na sua proporção.
Corredor de cangaceiros
A intenção de Gelza não é só de reunir os dois ícones históricos, mas de resgatar sua Adustina como um corredor de cangaceiros e trazê-la de volta para as biografias do tema.
Povoado Quixabeira de Adustina ou como era denominada na época do cangaço, Patrocínio do Coité, 2 de Julho de 1927. (Acervo Kiko Monteiro).
"Como naquela época Adustina, ou melhor "Patrocínio do Coité" era um povoado de Paripiranga, até hoje muitos autores se esquecem de atualizar a geografia de seus capítulos. Conheci e conversei com algumas pessoas da minha terra sobre as andanças de cangaceiros pelas matas de Adustina. Em 2013 visitei a Serra do Capitão, ouvi estórias sobre coitos e até Botijas, inclusive um dos moradores exibiu no pescoço uma corrente que teria pertencido a um cangaceiro e foi descoberta em uma destas botijas. Enfim, a única coisa que se pode comprovar é o coito como um dos esconderijos destes homens e mulheres no passado", disse Gelza.
O avô da autora, Augustinho Gregório dos Reis, morava no pé da na serra do capitão. Certa vez um subgrupo chegou até a casa dele e pacificamente pediu que fizessem comida para a cabroeira porque eles pretendiam arranchar por umas horas naquela localidade. Após a passagem dos cabras Augustinho resolveu que ali não era mais seguro, pois ele tinha várias filhas moças e temia que algum cangaceiro botasse o olho e raptasse uma delas.
De acordo com as memórias dos antepassados da autora o líder cangaceiro que mais andou na região era Corisco.
Adustina vista do alto da Serra do Capitão (Fonte: Adustina 24hs)
"Encontramos a "Ponta da Serra" antiga denominação da Serra do Capitão em um dos capítulos do livro de Estácio de Lima, "O mundo estranho dos Cangaceiros". Na ocasião houve uma baixa no grupo e eles estavam esperando o líder do grupo que havia ido a Paripiranga pegar provimentos, para então poder enterrar o companheiro".
A Serra do capitão é tema de um dos versos de cordel que Gelza canta em suas apresentações para promoção do livro.
"Em um jornal da Bahia
O povo lia com atenção,
Lampião ta escondido
No serrado do Sertão.
E a policia não sabia
Da Serra do Capitão.
A milícia passou perto
E fugiu na contramão.
O medo da Jaguaruna
Fez o macaco correr.
Cangaceiro aqui não ta
pois tem medo de morrer.
Olê muié rendeira,
Olê muié rendá...
O livro contém um breve depoimento de Raimundo Matos, um morador de Adustina que afirma ter feito parte da volante do nazareno Odilon Flor, quando este perseguiu os cangaceiros pelo sertão baiano. Raimundo contava na época com apenas 16 anos.
Nº de páginas: 206
Valor: R$ 45 com frete incluso,
Os pedidos devem ser feitos pelo email cristogelza@gmail.com ou pelo aplicativo WhatsApp cotato: (13) 99751- 7293
Conheça outros trabalhos da autora acessando seu blog pessoal Clique aqui
Além de professora é culinarista, poeta e declamadora, e escritora.
Depois de três livros, alem da participação em onze antologias, ela lançou no último final de semana em Lagarto o seu primeiro estudo sobre o cangaço intitulado "Lampião é filho do Santo Conselheiro - Cangaceirismo e misticismo", pela editora All Print.
A pesquisa
Estudando "Cangaceiros", obra de José Lins do Rego, ela descobriu na personagem Aparício a identidade e a geografia de Lampião. Posteriormente lendo "Os Sertões" de Euclides da Cunha, descobre a geografia de Antônio Conselheiro.
"Uma mesma região, uma mesma gente inculta, necessitada de um líder, pois o governo estava distante de todos eles. Assim como o Conselheiro convenceu a sua comunidade de que eles poderiam viver sem a ajuda do governo, Lampião seguiu esse mesmo preceito", introduz a autora.
Relação histórica
"O padre Frederico Bezerra Maciel, em sua obra ´Lampião seu tempo e seu reinado´ já havia sugerido uma hiperligação entre as duas personagens do meu livro. Segundo a pesquisa, Antonio Conselheiro disse para um dos seus seguidores ´Dentro de 50 anos haverá de surgir no Sertão um homem que apesar de religioso será cangaceiro e dará muito trabalho aos governos´ ele estaria profetizando o surgimento de Lampião. Conjectura ou não é um dado interessante para a reunião destes dois mitos nordestinos", afirma Gelza.
É evidente que ambos pisaram o mesmo chão, palmilharam os cantos mais ermos do sertão seco e até mesmo florido, eram declarados inimigos públicos e enfrentaram as forças do governo cada um na sua proporção.
Corredor de cangaceiros
A intenção de Gelza não é só de reunir os dois ícones históricos, mas de resgatar sua Adustina como um corredor de cangaceiros e trazê-la de volta para as biografias do tema.
Povoado Quixabeira de Adustina ou como era denominada na época do cangaço, Patrocínio do Coité, 2 de Julho de 1927. (Acervo Kiko Monteiro).
"Como naquela época Adustina, ou melhor "Patrocínio do Coité" era um povoado de Paripiranga, até hoje muitos autores se esquecem de atualizar a geografia de seus capítulos. Conheci e conversei com algumas pessoas da minha terra sobre as andanças de cangaceiros pelas matas de Adustina. Em 2013 visitei a Serra do Capitão, ouvi estórias sobre coitos e até Botijas, inclusive um dos moradores exibiu no pescoço uma corrente que teria pertencido a um cangaceiro e foi descoberta em uma destas botijas. Enfim, a única coisa que se pode comprovar é o coito como um dos esconderijos destes homens e mulheres no passado", disse Gelza.
O avô da autora, Augustinho Gregório dos Reis, morava no pé da na serra do capitão. Certa vez um subgrupo chegou até a casa dele e pacificamente pediu que fizessem comida para a cabroeira porque eles pretendiam arranchar por umas horas naquela localidade. Após a passagem dos cabras Augustinho resolveu que ali não era mais seguro, pois ele tinha várias filhas moças e temia que algum cangaceiro botasse o olho e raptasse uma delas.
De acordo com as memórias dos antepassados da autora o líder cangaceiro que mais andou na região era Corisco.
Adustina vista do alto da Serra do Capitão (Fonte: Adustina 24hs)
"Encontramos a "Ponta da Serra" antiga denominação da Serra do Capitão em um dos capítulos do livro de Estácio de Lima, "O mundo estranho dos Cangaceiros". Na ocasião houve uma baixa no grupo e eles estavam esperando o líder do grupo que havia ido a Paripiranga pegar provimentos, para então poder enterrar o companheiro".
A Serra do capitão é tema de um dos versos de cordel que Gelza canta em suas apresentações para promoção do livro.
"Em um jornal da Bahia
O povo lia com atenção,
Lampião ta escondido
No serrado do Sertão.
E a policia não sabia
Da Serra do Capitão.
A milícia passou perto
E fugiu na contramão.
O medo da Jaguaruna
Fez o macaco correr.
Cangaceiro aqui não ta
pois tem medo de morrer.
Olê muié rendeira,
Olê muié rendá...
O livro contém um breve depoimento de Raimundo Matos, um morador de Adustina que afirma ter feito parte da volante do nazareno Odilon Flor, quando este perseguiu os cangaceiros pelo sertão baiano. Raimundo contava na época com apenas 16 anos.
Serviço
"Lampião é filho do Santo Conselheiro - Cangaceirismo e misticismo", All Print São Paulo 2016.Nº de páginas: 206
Valor: R$ 45 com frete incluso,
Os pedidos devem ser feitos pelo email cristogelza@gmail.com ou pelo aplicativo WhatsApp cotato: (13) 99751- 7293
Conheça outros trabalhos da autora acessando seu blog pessoal Clique aqui
Lampião e Conselheiro se reencontram em livro
Baiana de Adustina, Gelza Reis Cristo, é formada em Letras pela Universidade Católica de Santos. No momento
pós-graduanda em Língua Portuguesa pela UNICAMP (Universidade de
Campinas). Há 37 anos ela reside em São Vicente SP onde leciona na rede
estadual de ensino.
Além de professora é culinarista, poeta e declamadora, e escritora.
Depois de três livros, alem da participação em onze antologias, ela lançou no último final de semana em Lagarto o seu primeiro estudo sobre o cangaço intitulado "Lampião é filho do Santo Conselheiro - Cangaceirismo e misticismo", pela editora All Print.
A pesquisa
Estudando "Cangaceiros", obra de José Lins do Rego, ela descobriu na personagem Aparício a identidade e a geografia de Lampião. Posteriormente lendo "Os Sertões" de Euclides da Cunha, descobre a geografia de Antônio Conselheiro.
"Uma mesma região, uma mesma gente inculta, necessitada de um líder, pois o governo estava distante de todos eles. Assim como o Conselheiro convenceu a sua comunidade de que eles poderiam viver sem a ajuda do governo, Lampião seguiu esse mesmo preceito", introduz a autora.
Relação histórica
"O padre Frederico Bezerra Maciel, em sua obra ´Lampião seu tempo e seu reinado´ já havia sugerido uma hiperligação entre as duas personagens do meu livro. Segundo a pesquisa, Antonio Conselheiro disse para um dos seus seguidores ´Dentro de 50 anos haverá de surgir no Sertão um homem que apesar de religioso será cangaceiro e dará muito trabalho aos governos´ ele estaria profetizando o surgimento de Lampião. Conjectura ou não é um dado interessante para a reunião destes dois mitos nordestinos", afirma Gelza.
É evidente que ambos pisaram o mesmo chão, palmilharam os cantos mais ermos do sertão seco e até mesmo florido, eram declarados inimigos públicos e enfrentaram as forças do governo cada um na sua proporção.
Corredor de cangaceiros
A intenção de Gelza não é só de reunir os dois ícones históricos, mas de resgatar sua Adustina como um corredor de cangaceiros e trazê-la de volta para as biografias do tema.
Povoado Quixabeira de Adustina ou como era denominada na época do cangaço, Patrocínio do Coité, 2 de Julho de 1927. (Acervo Kiko Monteiro).
"Como naquela época Adustina, ou melhor "Patrocínio do Coité" era um povoado de Paripiranga, até hoje muitos autores se esquecem de atualizar a geografia de seus capítulos. Conheci e conversei com algumas pessoas da minha terra sobre as andanças de cangaceiros pelas matas de Adustina. Em 2013 visitei a Serra do Capitão, ouvi estórias sobre coitos e até Botijas, inclusive um dos moradores exibiu no pescoço uma corrente que teria pertencido a um cangaceiro e foi descoberta em uma destas botijas. Enfim, a única coisa que se pode comprovar é o coito como um dos esconderijos destes homens e mulheres no passado", disse Gelza.
O avô da autora, Augustinho Gregório dos Reis, morava no pé da na serra do capitão. Certa vez um subgrupo chegou até a casa dele e pacificamente pediu que fizessem comida para a cabroeira porque eles pretendiam arranchar por umas horas naquela localidade. Após a passagem dos cabras Augustinho resolveu que ali não era mais seguro, pois ele tinha várias filhas moças e temia que algum cangaceiro botasse o olho e raptasse uma delas.
De acordo com as memórias dos antepassados da autora o líder cangaceiro que mais andou na região era Corisco.
Adustina vista do alto da Serra do Capitão (Fonte: Adustina 24hs)
"Encontramos a "Ponta da Serra" antiga denominação da Serra do Capitão em um dos capítulos do livro de Estácio de Lima, "O mundo estranho dos Cangaceiros". Na ocasião houve uma baixa no grupo e eles estavam esperando o líder do grupo que havia ido a Paripiranga pegar provimentos, para então poder enterrar o companheiro".
A Serra do capitão é tema de um dos versos de cordel que Gelza canta em suas apresentações para promoção do livro.
"Em um jornal da Bahia
O povo lia com atenção,
Lampião ta escondido
No serrado do Sertão.
E a policia não sabia
Da Serra do Capitão.
A milícia passou perto
E fugiu na contramão.
O medo da Jaguaruna
Fez o macaco correr.
Cangaceiro aqui não ta
pois tem medo de morrer.
Olê muié rendeira,
Olê muié rendá...
O livro contém um breve depoimento de Raimundo Matos, um morador de Adustina que afirma ter feito parte da volante do nazareno Odilon Flor, quando este perseguiu os cangaceiros pelo sertão baiano. Raimundo contava na época com apenas 16 anos.
Nº de páginas: 206
Valor: R$ 45 com frete incluso,
Os pedidos devem ser feitos pelo email cristogelza@gmail.com ou pelo aplicativo WhatsApp cotato: (13) 99751- 7293
Conheça outros trabalhos da autora acessando seu blog pessoal Clique aqui
Além de professora é culinarista, poeta e declamadora, e escritora.
Depois de três livros, alem da participação em onze antologias, ela lançou no último final de semana em Lagarto o seu primeiro estudo sobre o cangaço intitulado "Lampião é filho do Santo Conselheiro - Cangaceirismo e misticismo", pela editora All Print.
A pesquisa
Estudando "Cangaceiros", obra de José Lins do Rego, ela descobriu na personagem Aparício a identidade e a geografia de Lampião. Posteriormente lendo "Os Sertões" de Euclides da Cunha, descobre a geografia de Antônio Conselheiro.
"Uma mesma região, uma mesma gente inculta, necessitada de um líder, pois o governo estava distante de todos eles. Assim como o Conselheiro convenceu a sua comunidade de que eles poderiam viver sem a ajuda do governo, Lampião seguiu esse mesmo preceito", introduz a autora.
Relação histórica
"O padre Frederico Bezerra Maciel, em sua obra ´Lampião seu tempo e seu reinado´ já havia sugerido uma hiperligação entre as duas personagens do meu livro. Segundo a pesquisa, Antonio Conselheiro disse para um dos seus seguidores ´Dentro de 50 anos haverá de surgir no Sertão um homem que apesar de religioso será cangaceiro e dará muito trabalho aos governos´ ele estaria profetizando o surgimento de Lampião. Conjectura ou não é um dado interessante para a reunião destes dois mitos nordestinos", afirma Gelza.
É evidente que ambos pisaram o mesmo chão, palmilharam os cantos mais ermos do sertão seco e até mesmo florido, eram declarados inimigos públicos e enfrentaram as forças do governo cada um na sua proporção.
Corredor de cangaceiros
A intenção de Gelza não é só de reunir os dois ícones históricos, mas de resgatar sua Adustina como um corredor de cangaceiros e trazê-la de volta para as biografias do tema.
Povoado Quixabeira de Adustina ou como era denominada na época do cangaço, Patrocínio do Coité, 2 de Julho de 1927. (Acervo Kiko Monteiro).
"Como naquela época Adustina, ou melhor "Patrocínio do Coité" era um povoado de Paripiranga, até hoje muitos autores se esquecem de atualizar a geografia de seus capítulos. Conheci e conversei com algumas pessoas da minha terra sobre as andanças de cangaceiros pelas matas de Adustina. Em 2013 visitei a Serra do Capitão, ouvi estórias sobre coitos e até Botijas, inclusive um dos moradores exibiu no pescoço uma corrente que teria pertencido a um cangaceiro e foi descoberta em uma destas botijas. Enfim, a única coisa que se pode comprovar é o coito como um dos esconderijos destes homens e mulheres no passado", disse Gelza.
O avô da autora, Augustinho Gregório dos Reis, morava no pé da na serra do capitão. Certa vez um subgrupo chegou até a casa dele e pacificamente pediu que fizessem comida para a cabroeira porque eles pretendiam arranchar por umas horas naquela localidade. Após a passagem dos cabras Augustinho resolveu que ali não era mais seguro, pois ele tinha várias filhas moças e temia que algum cangaceiro botasse o olho e raptasse uma delas.
De acordo com as memórias dos antepassados da autora o líder cangaceiro que mais andou na região era Corisco.
Adustina vista do alto da Serra do Capitão (Fonte: Adustina 24hs)
"Encontramos a "Ponta da Serra" antiga denominação da Serra do Capitão em um dos capítulos do livro de Estácio de Lima, "O mundo estranho dos Cangaceiros". Na ocasião houve uma baixa no grupo e eles estavam esperando o líder do grupo que havia ido a Paripiranga pegar provimentos, para então poder enterrar o companheiro".
A Serra do capitão é tema de um dos versos de cordel que Gelza canta em suas apresentações para promoção do livro.
"Em um jornal da Bahia
O povo lia com atenção,
Lampião ta escondido
No serrado do Sertão.
E a policia não sabia
Da Serra do Capitão.
A milícia passou perto
E fugiu na contramão.
O medo da Jaguaruna
Fez o macaco correr.
Cangaceiro aqui não ta
pois tem medo de morrer.
Olê muié rendeira,
Olê muié rendá...
O livro contém um breve depoimento de Raimundo Matos, um morador de Adustina que afirma ter feito parte da volante do nazareno Odilon Flor, quando este perseguiu os cangaceiros pelo sertão baiano. Raimundo contava na época com apenas 16 anos.
Serviço
"Lampião é filho do Santo Conselheiro - Cangaceirismo e misticismo", All Print São Paulo 2016.Nº de páginas: 206
Valor: R$ 45 com frete incluso,
Os pedidos devem ser feitos pelo email cristogelza@gmail.com ou pelo aplicativo WhatsApp cotato: (13) 99751- 7293
Conheça outros trabalhos da autora acessando seu blog pessoal Clique aqui
Assinar:
Postagens (Atom)