A Mulher Criou
Asas Para Viver
No dia 08 de
março de 1857, em New
York, foi um dia que ficou marcado, comemorado como o “DIA
INTERNACIONAL DA MULHER”, pois nessa data ocorreu o pontapé inicial, o marco da
libertação da mulher no caminho da igualdade com os homens. Nesse dia um grupo
de mulheres, trabalhadoras de uma fábrica de tecidos, que trabalhavam até
dezesseis horas diárias, e em péssimas condições resolveram entrar em greve por
tempo indeterminado. Todas morreram queimadas, mas salvaram muitas mulheres da
repressão masculina e social ao longo dos anos.
A era heppye,
assim como os grandes festivais de rock dos anos 60 surgiu para dá sustentação a
liberdade da mulher e a continuação da sua luta por igualdade social. Mas sem
dúvida alguma foi á insistência e a paciência, uma característica feminina que
ajudou nessa conquista centenária. O homem sempre ocupara o grau superior em
todas as hierarquias da sociedade. Sem dúvida alguma, nos países Orientais a
mulher sofreu e ainda sofre para se igualar aos homens no mercado de trabalho.
Foi necessário que algumas mulheres, mais corajosas que outras abrissem caminhos
para as gerações futuras mesmo que isso lhes custasse sacrifícios. Quantas
mulheres não morreram no anonimato para dá felicidade e determinação as que
ficaram? São tantos os dramas e crimes passionais por ciúmes e conquistas
femininas que fizeram homens assassinos. E isso nós devemos a essas heroínas que
não baixaram suas cabeças diante da modernidade.
O trabalho
feminino foi tomando corpo e ocupando todos os espaços aonde o homem reinava
absoluto. É claro que a escada social feminina não ocorreu do dia para a noite.
Foram anos e décadas de luta incessante com muitas passeatas e reivindicações.
Muitas delas desejaram, tentaram superar os obstáculos, mas se perderam e
renunciaram pelo preconceito social, ou por não suportarem a pressão do
companheiro. Devemos sempre pensar que perdemos muito, mas valeu a pena saborear
essa fatia de bolo que pertencia unicamente à classe masculina. Há muito vivemos
na igualdade como também sofremos dos males masculinos causados pela carga
horária, hábitos noturnos e pelo excesso de trabalho. É ela, a mulher, que
trabalha um pouco mais por ser mais paciente e generosa para com o seu
companheiro.
No Brasil, em
1930 as mulheres conquistaram o direito do voto, depois vieram outras conquistas
como o divórcio, cargos públicos e privados de alto posto. Quem disse que não
sabemos o quanto fomos discriminadas? No ambiente de trabalho, na vida social,
dentro dos lares e entre “amigos e colegas” de modo cruel que hoje leva o nome
de bulling porque indiscriminadamente atuou e ainda atua, em cada uma das tantas
escolas e local de trabalho do mundo inteiro? Quem disse que é fácil viver em
sociedade sem sair machucado? Sem se recolher na sua concha de vez em quando?
Sabemos de grandes feridas e exclusões sociais como pequenas gotas pensantes na
esfera da sociedade, nos mantemos calados, acabrunhados no nosso comodismo
individualista. Não é fácil dá a cara a tapa e falar o que você pensa sem medo
de um olhar social, repressivo e crítico.
Mas, afinal,
quais foram as nossas grandes conquistas?
Tudo começou
pra valer mesmo foi no final do século XIX englobando o século XX quando o
filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego
e educação para as mulheres. As mulheres francesas saíram na frente de forma
persistente na melhoria das condições de trabalho. Devemos lembrar que essas
mulheres já lutavam para dar resistência às outras, como as tecelãs que não
resistiram aos maus tratos e foram queimadas no seu ambiente de trabalho. Outras
conquistas tão importantes quanto vieram da Inglaterra em 1819 quando a lei
aprova a redução da carga horária das mulheres para 12 horas e dos menores de 09
para 16 anos dentro do mercado de trabalho.
No Brasil a
mulher já conquistou todos os espaços. No entanto o mais importante é a
compreensão do homem e a sua participação colaborativa na criação dos filhos e
na mão de obra caseira. Hoje é muito comum você vê um pai empurrando um carrinho
de bebê e no supermercado fazendo compras.
Portanto, já
podemos comemorar o nosso espaço, a nossa liberdade, a nossa felicidade de
pássaro voador, sem esquecermos que para toda conquista existe um preço e que
somente no futuro poderemos avaliar com um olhar crítico se tudo valeu a
pena.
Josefa Reis
Santos Cristo