Imagem 1 Feira de Adustina e Imagem 2 praça Alice Virgens Vidal
ADUSTINA NA LITERATURA DE
CORDEL
IVONE GONÇALVES
Agora neste momento
Uma história vou contar
É a história de Adustina
Que na lembrança vai ficar.
Este nome de Adustina
Quem botou foi um Abreu
Foi o maior professor
É pena que já morresse.
Começou com uma feita
Que se fazia nas baraúnas
O grão coberto de lona
Pra ver se tinha fortuna.
Nesta feira tinha coisas
Que agora vou contar:
Tinha carne e inhame
Que são bons pra cozinhar.
Os primeiros habitantes
Eram raros pra se contar
Era a família dos Barros
Que habitavam no lugar.
Não esquecendo também
A família dos Vieiras
Era no terreno deles
Que se fazia a feira.
A escola neste tempo
Ficava na rua da igreja
Aonde os alunos todos iam
Aprender algumas letras.
A primeira professora
Foi Maria de Ovídio
Todos gostavam dela
Por algumas letras
aprendidas.
O primeiro automóvel
Foi o de João Pimentel
Que vivia pra cima e pra
baixo
Pra ganhar quinhentos reis.
Este carro foi malvado
E não durou muito tempo
Logo, logo virou.
Foi o carro de Jonas Nunes
Que a ninguém atropelou.
A água em Adustina
Era rara pra valer
Todos tinham que buscar
No Vasa-Barril pra beber.
Esta água também servia
Pra banhar e pra beber
No verão sempre ocorria
O povo tinha que buscar.
Neste lugar tão pequeno
Não havia nenhum médico
Se Deus não tivesse piedade
Todos já, pro cemitério.
Os remédios antigamente
Todos eram bem caseiros
Entre eles vou citar
Erva-doce e cajueiro.
Em Adustina também tem
Muitas pessoas folclóricas
Antônio Barros, alguns veem
Como nosso vulto histórico.
José Ribeiro o brasileiro
O conhecido Revoltoso
Além de ser sertanejo
Era um policial famoso.
Antônio Ramos, todos sabem
Acoitava o Lampião
Por ser rico e importante
Defendia Adustina da
maldição.
Naquele tempo a polícia
Perseguia Lampião
Turma muito malvada
Eram os reis da maldição.
Aqui em Adustina
Todos, a eles temiam
Mas para quê tanto medo
Se a polícia defendia.
Homenagem aos professores de
Adustina
César G. Andrade
Há uma pessoa
Humilde e trabalhador
Que todos nós
Devemos dar valor.
Esta pessoa
Só trás paz e amor
Esta pessoa
É o nosso professor.
Esta pessoa
Que tanto se esforça por nós
Receba esta pequena
homenagem
Que fiz para vós.
Para ser um professor
Tem que ser capacitado
Deve ser estudioso
Desde a sua mocidade.
Todo professor
Tem função especial
Pra ensinar o aluno
A educação moral.
Existem ainda os problemas
Que o professor enfrenta
Aqueles problemas
Que cada aluno apresenta.
Quando o professor vai
corrigir
Um teste mal resolvido
Ele tem dificuldade
Pra corrigir o teste
desordenado.
Há um outro problema
Que o professor deve sentir
É quando o seu aluno
Sua aula não quer assistir.
Ser um professor
É um trabalho difícil
Pra se chegar lá
Tem que haver sacrifício.
Cada aluno na sala de aula
Deve bem se comportar
Para que seu professor
Não venha se maltratar.
Quando o aluno
A ele não dar nenhum valor
Este aluno ainda não sebe
O que é ser um professor.
O professor deve ser louvado
E bem valorizado
O seu ensino abençoado
Pois ensina o pai e o filho
amado.
A todos os professores
Do nosso querido Brasil
Recebam o meu abraço
Deste aluno gentil.
A CASA
César G. Andrade
Existe uma coisa
Que todos devem dar valor
Porque é através dela
Que muitos fazem amor.
Hoje ela pode não ser nada
Amanhã ela será tudo no
mundo
Pois sem ela
Muitos podem ser vagabundos.
Muitos já as têm
Mas não sabem dar valor
Tantos outros querem ter
E não passam de sonhador.
Ela é útil a todos nós
Mas não é bondosa
Nem espirituosa
Pra quem a destroi.
Ela pode ser pequena
Ela pode ser grande
É de muito valor
E a todos abrange.
Ela é um abrigo
Ela é uma pousada
Livre de chuva e vento
E também da trovoada.
Ela é uma amiga
Ela é uma morada
Ela não é mais
Do que uma casa.
A nossa casa
A casa dos outros
A casa de todos
Sabem dar gosto.
Deveria haver uma lei
Pra todos os Presidentes
Darem uma casa
Para àqueles mais carentes.
Aqueles que são pobres
Aqueles que não têm nada
Aqueles que nunca conseguem
Possuir uma casa.
A CANTAREIRA
CÉSAR G. ANDRADE
Todos jogando
O ponta lançando
A bola rolando
E a torcida apoiando.
O CANTAREIRA é isso
Todos torcendo
E o adversário
Sempre temendo
Todos são jovens
Mas entendem de bola
Os adversários reconhecem
E vão dando o fora.
Todos são companheiros
E jogam por um ideal
Ganhar mais um jogo
De forma legal.
CANTAREIRA é o time
Que joga no frio ou calor
É o time que sempre
Eletriza o espectador.
O CANTAREIRA
Joga com muita habilidade
Joga com toda calma
E vence com facilidade.
CANTAREIRA é meu time
Timão pra valer
E não é à toa
Que também podemos perder
Por este time
Todos têm amor
Pois jogamos neste time
E não guardamos rancor.
Vamos conhecer meu time
E quem faz o CANTAREIRA
Começo pelo goleiro
Que nunca fez besteira.
Nosso lateral é forte
Igualmente um touro
O adversário tenta passar
Mas termina no choro.
O Meio de Campo
Não tem nada igual
E todos correm
Pelo mesmo ideal.
Os Ponteiros jogam
Com todo equilíbrio
E escutam da torcida
O grito do delírio.
O CANTAREIRA
Venceu e vencerá
Não há time nesta região
Que não possamos ganhar.
No clarão
Como na escuridão
O CANTAREIRA
Será sempre o campeão.
Escolha um time
E comece a torcer
Mas escolha o CANTAREIRA
Que não costuma perder.