quinta-feira, 1 de agosto de 2013



VISITA AO MUSEU DO CAFÉ EM SANTOS
Gelza Reis Cristo


Antiga Bolsa do Café e atual Museu do Café em Santos, litoral paulista

             
Você já visitou a antiga “Bolsa do Café” em santos?
Hoje o local é um museu muito frequentado pelos visitantes de todas as partes do mundo, uma atração, um ponto de sabedoria sobre curiosidades da nossa história, arquitetura, barões do café e império.
            Quando chegamos ao edifício da “Bolsa do Café” de antigamente ficamos extasiados com a arquitetura fenomenal que deixa o visitante sem palavras, apenas com o olhar para o céu tentando não omitir detalhes da engenharia, dos detalhes de material perene e encantador pela criação. Eu, colegas professores, coordenadores e a diretora Regina, todos da E.E. Pedro Paulo G. Lopes; Praia Grande, litoral paulista. Começamos a nossa visita pelo salão principal monitorado pelo guia, que relatou em detalhes a importância do Museu. O contato com a história do Museu do Café se dá no momento em que fomos convidados a sentar, e por vezes deitar no solo, em cima do símbolo da Maçonaria para observar o vitral gigante que habita o teto e foi criado pelo artista renomado Benedito Calixto. Ali o vitral é dividido em três momentos da história: comércio, império e a fase colonial como também a rota dos bandeirantes visto que há fotos em volta da obra simbolizando a importância dos mesmos. E as cores que predominam o vitral? O azul, verde e o amarelo do ouro do Brasil, cores da Bandeira Nacional. Fique certo que ali você encontrará a essência da obra desse artista famoso por suas telas enormes e com um valor histórico incomparável, o seu estilo detalhista dos personagens de todas as épocas; principalmente a era colonial.
            Não há como não se encantar com os móveis em madeira, todos impecavelmente conservados, o piso em taco com a enorme estrela de Davi no centro. Quem já visitou o Palácio do Planalto vê uma semelhança na hierarquia do poder pela posição da mesa, cadeiras de vários tamanhos e a maioria todas idênticas com um círculo de apoio para mãos e bloco de anotas. Ao olhar para o alto o visitante lembra-se da arquitetura dos melhores teatros do mundo. Quem ficava no segundo andar de observação? Os compradores e demais interessados. Apenas os homens participavam do local, pois as mulheres eram dadas as prendas domésticas.
            Seguimos em frente e a cada parada mais informação: não foi fácil o café chegar ao Brasil. Quem iria doar grãos que ao plantar se transformaria em puro ouro. Sabes quanto custa uma saca de 60 kg do nosso café? Mais de trezentos reais, quase R$ 400,00 (quatrocentos reais). Há muita história por trás de tudo isso.
            A variedade de fotos é painel gigante que você vê o fato antes da informação. Quando observamos a foto arte das crianças que trabalhavam no plantio e na colheita do café não tem como não ficar sensibilizado, pensativo com a transformação que vimos ao longo dos anos. Existe um cofre da época, várias peças que fizeram o café chegar à mesa do consumidor e ser apreciado por todos.
            Quando chegamos ao piso superior da arquitetura a cabeça girava entre o solo, as laterais e o teto. Ah, O teto! No estilo rococó do tempo Barroco, no rosa e no gelo, ou seria o branco? Foi encantador quando chegamos ao salão que revive o início do trabalho no porto em condições precárias. A escultura do estivador, o mais forte da época, carregando cinco sacas do café foi marcante lembrar-se da força de Hércules A história conta que ninguém o encarava na força e que por conta disso foi criada a competição para que houvesse um vencedor no final do período e certamente o estivador valente receberia um bônus.
            Duas horas dentro do Museu do Café foi suficiente para captar a riqueza cultural que nele existe.
Foto cedida pela RP da USP Verônica Reis Cristo em visita ao museu.

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